No dia 7 de outubro, 135 milhões de brasileiros vão às urnas escolher 5.565 prefeitos e 57.748 vereadores. Mais do que uma manifestação da solidez democrática do país, as eleições são também um negócio bilionário. Segundo dados da Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop) e do TSE, o  pleito deve movimentar pelo menos R$ 13 bilhões, valor que corresponde a quase todo o faturamento anual de uma empresa como a Usiminas, uma das maiores siderúrgicas da América Latina.

Parte desse montante é bancada pelo próprio contribuinte brasileiro. Apenas o TSE vai desembolsar R$ 6 bilhões para organizar as eleições e R$ 1 bilhão será gasto com propaganda eleitoral gratuita. Mas existe o outro lado. Números obtidos com exclusividade pela revista "ISTOÉ" revelam que os candidatos devem injetar na economia pelo menos R$ 6 bilhões, dinheiro investido na contratação de pessoal, marketing político e despesas operacionais.  Veja  os números extraordinários da eleição brasileira.

Campos — Em Campos,  juntando as previsões dos cinco candidatos à Prefeitura, os gastos podem chegar a cerca de R$ 11 milhões. Na eleição de 2008, que contou com seis candidatos, a previsão era de R$ 8 milhões. Além disso, os candidatos a vereador também devem investir pesado no pleito deste ano. Alguns chegam a colocar o limite de gastos em mais de R$ 5 milhões, superando até os candidatos à Prefeitura.

Para se ter uma ideia, as campanhas dos principais candidatos a vereador de Campos estão estipuladas e registradas em até R$ 5 milhões. Tudo para conquistar uma das 25 cadeiras. De acordo com analistas, tendo em vista essa inflação eleitoral, para causar impacto pela cidade, o candidato a vereador vai precisar desembolsar, no mínimo, R$ 1 milhão. Vale lembrar que, somando os quatro anos de mandato, incluindo 13ª salário, cada vereador em Campos recebe, líquido, cerca de R$ 450 mil.

Fonte: ISTOÉ e Folha da Manhã