Ex funcionário da Cambayba nega denúncias
21/06/2012 17:06

Segundo o procurador da república, Eduardo Santos, o ex-funcionário da usina Cambayba, de modo geral, negou as afirmações feitas pelo ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) Cláudio Guerra, em seu livro “Memórias de uma Guerra Suja” e em depoimento prestado na Procuradoria da República de Vitória, em maio. Herval Gomes da Silva, conhecido como “Vavá”, depôs na última quarta-feira, às 16h, na sede do Ministério Público Federal (MPF), em Campos.

Ainda de acordo com Eduardo, o ex-funcionário foi ouvido por cerca de três horas e audiência foi conduzida no sentido de confronto. “A todo o momento confrontamos o Herval, com base no depoimento do Cláudio Guerra, que consta nos autos do processo. De modo geral, ele negou o que foi falado pelo ex-delegado. Estamos aprofundando as investigações”, relatou ao afirmar que está em estudo a divulgação das etapas do inquérito, de forma a preservar o êxito da investigação e a integridade física dos envolvidos.

A usina Cambahyba pertencia ao ex-deputado federal e ex-governador do Rio de Janeiro Heli Ribeiro Gomes, falecido em 1992. A ex-secretária de Trabalho e Renda de Campos e filha de Heli, Cecília Ribeiro Gomes, disse que a família entrou com ações na justiça contra o livro e aguarda o resultado. “Tomamos as providências cabíveis contra as inverdades descritas no livro. Tudo está entregue a justiça e aos advogados”, comentou.

O caso começou a ser investigado, após o ex-delegado Cláudio Guerra afirmar em seu livro que, pelo menos, dez corpos de militantes executados durante a ditadura, nos anos 70 e 80 no Brasil, teriam sido incinerados na extinta Usina Cambahyba, em Campos.

 

Mário Sérgio

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