Dilma entrega à Coagro selo de boas práticas nas condições de trabalho
Esdras
Com a história do município profundamente marcada pela escravidão e, posteriormente, pelo trabalho análogo ao de escravo nas tradicionais lavouras de cana, é um grande motivo de orgulho para os campistas que a Coagro, uma cooperativa de produtores campistas, tenha recebido a certificação do cumprimento integral do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar. Dilma entrega selo a presidente da Coagro Na última quinta-feira, a Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro) recebeu o selo de boas práticas no Palácio do Planalto. O certificado de "Empresa Compromissada" foi concedido pela Comissão Nacional de Diálogo e Avaliação do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar. Entre as mais de 500 usinas de cana-de-açúcar no Brasil, apenas 169 foram agraciadas, e destas foram selecionadas apenas 12 usinas para representar o setor na cerimônia, e a Coagro foi uma delas, com o seu presidente Frederico Paes recebendo das mãos da presidente Dilma Roussef o selo do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, entregue às empresas do setor sucroenergético consideradas cumpridoras de todas as práticas empresariais estabelecidas pelo Governo Federal. Única contemplada no RJ A Coagro foi a única usina do estado do Rio de Janeiro que passou na avaliação desse compromisso nacional, e o seu presidente Frederico Paes Rangel, o primeiro a receber o selo da presidente. Em entrevista exclusiva à equipe da Somos, Frederico disse que a motivação para a normatização de trabalho foi além de apenas um método empresarial. “A região vinha sofrendo seguidas fiscalizações do Ministério do Trabalho e sempre apareciam problemas, então, eu disse que deveríamos fazer a nossa parte, e em uma reunião com a diretoria ficou decidido que nós faríamos o certo e, se a gente não conseguisse, fecharíamos as portas e iríamos para casa, e essa frase marcou muito. Nós conseguimos fazer, e fizemos mais, porque esse compromisso vai além da legislação, a presidente jamais daria um certificado, um selo, para uma empresa apenas por cumprir a lei. O interessante desse selo é que ele vai além do que a lei exige, como, por exemplo, o fornecimento de protetor solar para os trabalhadores, soro reidratante, condições melhores no transporte, uma série de condições para a saúde e segurança no trabalho, e, além das exigências, a eliminação da figura do famoso “gato”, que terceirizava trabalhadores para a lavoura. Fomos auditados por consultoria credenciada pela Secretaria Especial da Presidência da República que concluiu que a usina opera dentro dos critérios trabalhistas estabelecidos pelo compromisso”, disse Paes.
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