Andral (PV) quer ser vice de Odete (PC do B), decisão na convenção
Esdras
Aos poucos o clima eleitoral vai esquentando e novos nomes surgem no cenário político de Campos. A poucos dias do prazo final para definição de como e com quem os partidos irão às eleições de outubro, o Partido Verde de Campos apresentou uma discordância. Aloísio Di Donato, repórter fotográfico, decidiu disputar as convenções. O PV havia lançado o seu presidente, o advogado Andral Tavares Filho, como pré-candidato a prefeito, em março, mas, nas últimas semanas, a professora Odete, presidente e pré-candidata a prefeita do Partido Comunista do Brasil (PC do B), manifestou o desejo de uma coligação com o PV. As conversações em andamento, através dos dois presidentes das legendas, agora podem tomar outro rumo. O PV realizou uma reunião fechada na última quinta-feira à noite (14) para discutir sobre o anúncio da pré-candidatura do repórter fotográfico Aloísio Di Donato, que será levada para a convenção do partido, marcada para o próximo dia 23. De acordo com o presidente do PV em Campos, o advogado Andral Tavares Filho, “O argumento do Di Donato é de que o partido deve ter um candidato próprio a prefeito, na medida em que eu, Andral, membro, não presidente, apesar de não poder decidir por ninguém, acho que seria mais interessante politicamente uma aliança. Eu gostaria muito de ser candidato a prefeito pelo partido, mesmo sabendo das dificuldades, só que as dificuldades são muito maiores do que se pode supor, então, eu optaria por ser vice de Odete (PC do B). Essa é uma proposta que nós estamos estudando”. Andral comentou ainda que ficou parecendo que essa união já estava decidida. “A aliança ainda estava sendo alinhavada, porque ninguém pode decidir nada que não seja na convenção”, disse. As convenções de todos os partidos devem ser realizadas até o último dia de junho, quando as legendas devem apresentar quem será o candidato que terá seu nome nas urnas em outubro. Até então, a única opção que se apresentava pelo PV era Andral. Mesmo com a nova possibilidade, ele afirma que não há racha entre os verdes da planície. “Estou vendo como uma coisa natural. Eu estou tentando não colocar nenhum tipo de elemento que vá provocar combustão nessa situação. As pessoas estão divergindo de opinião quanto a isso, quanto a ser vice em uma coligação com a professora Odete, que não é qualquer coligação, e ter candidato próprio. A candidatura de Donato é mais um ponto de vista que o partido tem que ter, não é nada contra mim, é uma coisa pró-PV, mas, sinceramente, eu não quero mais alimentar essa polêmica, porque isso não soma, não é bom. Durante a reunião, Di Donato disse que, se eu viesse como candidato, ele me apoiaria”. Quando questionado sobre suas chances em relação aos outros candidatos mais fortes que vão disputar as eleições, Andral disse acreditar que na política não existem resultados imediatos. “Nós estamos acostumados com uma política feita da mesma maneira, e nós precisamos de uma política diferente, eu acredito nisso e por isso nunca aceitei cargo público nenhum, porque eu sou um idealista, eu acho que é possível alterar o estado das coisas. A política tem resultados que precisam ser buscados a médio e longo prazo; para ter chances concretas eu preciso ficar mais conhecido, preciso que as pessoas me escutem mais, tenham mais noção das coisas que eu penso que deveriam ser modificadas, então, acredito que a política só se faz assim, com esse caminho um pouco mais lento.” Andral, que entrou no partido em 2009, disse ainda que o Partido Verde pretende lançar 25 pré-candidatos a vereador e que, por ser um partido pequeno, esse número se mostra muito significativo.
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