O jornal "O Diário" de hoje (05) informa que a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR), comunicou ao seu marido – presidente do PR no Estado -, Anthony Garotinho, que não será candidata à reeleição. Rosinha alegou que, embora feliz com o trabalho que realiza na administração de Campos, entende que já cumpriu sua missão. Ela ressaltou que pretende, quando encerrar o mandato, voltar suas energias para a família e o trabalho que já desenvolve com crianças na sua igreja (Presbiteriana).
O jornal informou que Rosinha estaria cansada das perseguições que sua família vem sofrendo, o que pesou fortemente na sua decisão.
Tudo indica que o PR deverá adiar a convenção que aconteceria no dia 17. Os membros do partido têm até o dia 30 para escolher o "Plano B".
Jogada da marketing? — Para o ex-prefeito Sérgio Mendes (PPS), existe uma estratégia por trás da notícia. "Isto está me parecendo um marketing para que todos se unam, e de preferência de joelhos implorem a madame Garotinho para que volte atrás na decisão. Tipo comoção total. Já vi este filme. Me lembra aquela história do plebiscito há alguns anos atrás - 1998 -, em que Garotinho era prefeito pela segunda vez, mas como queria ser candidato a governador, 'consultou' a população de Campos para saber se era a favor de que ele renunciasse ao mandato e concorresse ao cargo estadual", afirmou Sérgio Mendes em sua postagem no blog "Estou Procurando o que Fazer".
É Ele? — Agora, com a desistência de Rosinha, surgem muitas especulações nos bastidores. Advogados entendem que, para a candidatura de algum familiar (Garotinho ou Wladimir), a prefeita deveria ter renunciado 6 meses antes do pleito (ou seja, no mês de abril). Sendo assim, tudo indica que o plano B pode ser o ex-deputado Geraldo Pudim (PR), que deixou a secretaria de Governo em abril alegando que cuidaria das campanhas do PR na Baixada Fluminense. Atualmente Pudim é o vice-presidente regional do PR e principal homem de confiança de Garotinho.
Pistas — Recentemente, em entrevista ao jornal "O Dia" (aqui), a prefeita já havia deixado uma pista sobre a sua decisão. Ao ser indagada sobre a reeleição ela não disse que sim. Apenas afirmou que poderia ser porque a lei lhe garante este direito. No dia 12 de março, em nota intitulada "Cosquinha, oposição e situação" (aqui), informei que especulava-se um "Plano B" caso a prefeita não disputasse a reeleição. Na ocasião, citei os nomes de Geraldo Pudim (PR), Mauro Silva (PT do B) e Edson Batista (PTB) como opções do grupo.
"Eles sabem que ela não poderia ser candidata" — Para o especialista em Direito Eleitoral, Paulo Vizela, tudo não passa de uma desculpa. "Não tem essa história de desistência. A prefeita está inelegível. Não poderia ser candidata", afirma Vizela. Em março deste ano ele afirmou (aqui): “Onde está a liberação da Rosinha na AIME? a condenação dela no TRE-RJ depende de uma AI que se encontra com o Ministro Marcelo Ribeiro para decisão e conta com parecer contrário da PGE. Da AIJE o Dr. Arnaldo está livre,e é mais fácil comprovar, pois o processo se encontra arquivado em Campos na 100ªZE”, disse Vizela.
Atualização às 10h12 — Não houve quórum na Câmara de Campos. A bancada governista está reunida com a prefeita Rosinha Garotinho (PR).
Atualização às 11h18 — Sem perder tempo, um colaborador do blog enviou essa montagem, parodiando o filme "Tropa de Elite":
