Filho revoltado com acusações
08/05/2012 09:05

As declarações do ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Cláudio Antônio Guerra, no livro “Memórias de uma guerra suja”, de que, pelo menos, dez corpos de militantes mortos durante a ditadura, nos anos 70 e 80 no Brasil, teriam sido incinerados na extinta usina Cambaíba, do ex-deputado federal e ex-governador do Rio de Janeiro, Heli Ribeiro Gomes, falecido em 1992, continuam causando indignação entre os familiares do industrial campista. Como publicado no blog do Esdras, do jornalista Esdras Pereira, hospedado na Folha Online, o advogado Jorge Lysandro Ribeiro Gomes, um dos filhos de Heli Ribeiro, se diz re-voltado. “Que barbaridade! Que negócio completamente absurdo. Eu nem sei ainda o que responder! Não acredito como se fala isso de uma indústria em que trabalhavam 300 pessoas dia e noite, não havia como acontecer isso sem que ninguém visse. É completamente impossível, inimaginável. Meu pai nunca concordaria como uma coisa dessas. Meu pai andava no meio do povo. Não era o tipo de gente que se  permitia admitir isso. Passava com a sua Rural em qualquer estrada e parava para dar carona a qualquer pessoa. Não havia como fazer uma coisa dessa despercebido”.


Em trecho do livro publicado na internet, Cláudio Guerra diz ter se aproveitado da amizade com Heli para utilizar o forno da usina e sumir com os corpos dos militantes. Em entrevista à Folha, na última quinta-feira, uma das filhas de Heli Ribeiro, a ex-secretária municipal de Trabalho e Renda, Cecília Ribeiro Gomes, disse que as declarações são irreais.


— Meu pai nunca teve uma mancha em sua vida, tanto pessoal quanto política e profissional. Era um homem de conduta em todos os sentidos. A vida pública dele, todos conhecem bem e sabem como  era. Muito triste uma pessoa ser atacada dessa maneira e não estar viva para se defender — disse Cecília.

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