Qual é o valor de nossas Glórias?
mabamestrado 23/05/2012 10:16
Nosso querido Americano FC está em polvorosa! A “alta Diretoria” fala em venda de cadeiras cativas (serão novas ou vão esbulhar os atuais permissionários?), em “permuta” (vocábulo encontrado para mascarar a alienação do Godofredão) e em oferecimento de cargos (prática comum em nossas paragens, popularmente denominada de “cala-boca”). Mas e a Prestação de Contas? Onde foram gastas as verbas desde ano de tristeza, onde sucumbimos na hierarquia do futebol regional? Onde estão os comprovantes dos já folclóricos “empréstimos” que o virtuoso Presidente diz ter realizado, em nome pessoal, a bem do clube? Por certo não basta fazer constar de uma ata de reunião (ainda que seja uma Assembléia) para que se torne uma “verdade absoluta” e uma “dívida do clube”! E o que dizer das denúncias de jogadores que foram obrigados a assinar rescisões (TRCTs e recibos) com valores de 05 a 10 vezes maiores do que efetivamente receberam de valores rescisórios? E os famosos (e ilegais) salários por fora? E os pedidos de “valores” para que os jogadores fossem escalados? Por certo são denúncias que merecem um pronunciamento oficial! É óbvio que a Diretoria atual tem o democrático Direito ao Contraditório, mas não basta “tocar o barco para frente”; tem de esclarecer o passado recente, pois nuvens carregadas pairam sobre o Parque Tamandaré. Parece-me que não há como “mudar a construção, mantendo o mesmo alicerce”; não bastam “cargos na Diretoria”, mas sim uma nova visão administrativa, no sentido empresarial, sem os “pilares” do passado. O clube tem todo o segundo semestre para se organizar para o ano vindouro. Não basta ...agora...florescerem idéias em quem teve bem mais de uma década para pensar e não o fez! A alienação (ou permuta, como queiram!) do Estádio é uma possibilidade mediata, mas está longe de ser a solução a curto ou médio prazo; se trata apenas de uma “cortina de fumaça”! É óbvio que aquela área valorizadíssima no Parque Tamandaré não poderá ser negociada por menos de 100 (cem) milhões de Reais! É óbvio que mesmo que se faça uma permuta, usando este valor como base, ainda assim muito dinheiro irá sobrar aos cofres clube (esperamos, pelo menos!) e, certamente, não poderá ser administrado por uma (ou duas) pessoas, apenas! No entanto, no momento, precisamos: 1º - Resgatar os nossos torcedores. Parece que se esqueceram, mas futebol é um esporte de massas! Não basta ter a maior ou uma das maiores torcidas de Campos dos Goytacazes... o torcedor tem de comparecer! Mas para tanto deve ser respeitado por uma Administração que o valorize, para que as famílias possam voltar ao nosso Estádio; 2º - Resgatar nossos sócios e seu orgulho de “ser Americano”. Há muito o clube é administrado apenas para os remidos e beneméritos. Basta olhar nosso Estatuto para verificar as inúmeras outras categorias de sócios que foram excluídos, ainda que indiretamente, do clube, principalmente os sócios proprietários. Foi-se o tempo em que o Americano fazia parte intensa de nossa vida social e de nossas famílias e que se tinha orgulho de ser sócio proprietário do Americano FC; 3º - Revitalizar as parcerias com empresários locais. Parece incrível, mas muitos empresários locais, como era de se esperar, são torcedores do Americano e estão ávidos a ajudar o clube (como normalmente acontece com todo clube de massa que cai de divisão futebolística!), mas não tem coragem de colocar “um vintém” para ser administrado pelos atuais “homens de ouro do clube” – isso se chama “ausência de credibilidade”; 4º - A adequação do Estádio, mas principalmente das dependências sociais, pois o sócio vindo ao clube, traz também maiores oportunidades de novas idéias e novos negócios; 5º - Desenvolver um (ou vários) projetos de arrecadação de fundos (desde shows, eventos, bailes, parcerias) para capitalizar o clube neste 2º semestre (para isso podemos ter assessoria do SEBRAE, da JCI-Brasil, entre outras instituições) e deixar as finanças em condições de montar uma equipe competitiva (e não um cata-cata) para nosso principal objetivo em 2013. 6º - Reformar o jurássico Estatuto do clube (já temos uma minuta pronta), adequando-o a nova sistemática jurídica do País, em vigor desde 2003, como forma de propiciar a busca de patrocínios e parcerias, bem como o desenvolvimento de programas sociais de inclusão da Sociedade no clube, até porque precisamos de uma nova geração de torcedores, que serão os associados do futuro. Fica evidente que muitas outras idéias existem e outras também serão agregadas, mas, antes de tudo, é necessário “senso de mudança”, não uma mudança irresponsável, mas gerenciada de forma empresarial, com a devida paixão, mas principalmente com a razão, de forma a alijarmos esta “atual maneira de administrar” que não cabe mais no nosso Glorioso Americano. (O texto acima é de autoria do Dr. José Eduardo Pessanha da Silva, torcedor do Americano e colaborador para eventuais mudanças, não se filiando a correntes e sim ao bem para o Americano, cujas glórias são de valor inestimável).

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    Marco Barcelos

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