O desejo de evoluir tem movido milhares de pessoas neste começo de século. Entretanto a corrida pelo aperfeiçoamento pessoal perderá o sentido se não nos aceitarmos do jeito que somos. Faça as pazes com as suas fraquezas e conheça, enfim, sua verdadeira força.
Quantas vezes olhamos para o espelho e desejamos deparar com outra pessoa – mais bem disposta, disciplinada, assertiva, espiritualizada? A lista de “eus” ideais não tem fim e só serve para reforçar a equivocada impressão de que não somos suficientemente bons. Por que, afinal, as pessoas são tão implacáveis consigo mesmas?
O aperfeiçoamento pessoal não necessariamente é sinônimo de autoconhecimento. Na ânsia pelo conhecimento pessoal, pré-requisito para se alcançar a felicidade na vida íntima e profissional, acabamos muitas vezes rejeitando partes nossas que são, na verdade, forças e não fraquezas, como as aparências. Sabemos muito pouco sobre nós mesmos a partir de um referencial interno e temos muitas informações que vêm de fora sobre como deveríamos ser.
O especialista em desenvolvimento pessoal Mike Robbins nos ensina através dos Princípios para o seu Eu Autêntico como detectar e sustentar os nossos aspectos mais genuínos a fim de utilizar o poder da autenticidade em nossa vida como uma forma de melhorar os nossos relacionamentos e nos capacitarmos.
Ele nos fala em conhecer a nós mesmos, mantendo um compromisso com o nosso próprio crescimento pessoal, descobrindo efetivamente quem realmente somos, encarando as nossas fraquezas e tendo a humildade para reconhecer os nossos pontos fortes. Sejamos honestos em primeiro lugar com nós mesmos. 
Devemos também transformar os nossos medos, pois não há nada de errado em ter medo. A resistência e negação do medo tornam o problema maior do que ele é. Quando temos um problema precisamos primeiramente estudá-lo, conhecer verdadeiramente todas as possibilidades e nos prepararmos para enfrentá-lo de forma racional.
Tem uma frase que eu gosto muito que nos diz: “Quando estiver com um grande problema, não diga a Deus que tem um grande problema, mas diga ao problema que tem um grande Deus!”
Devemos sempre nos expressar e ter a coragem de falar a nossa verdade com coragem. Lidar com os conflitos diretamente e expressar nossas emoções completamente nos torna livres. Devemos ser vulneráveis e reais sobre o que pensamos e como nos sentimos. Enquanto na superfície podemos estar sendo vistos como "fracos", na realidade nos expressarmos de forma autêntica nos dá acesso para a verdadeira liberdade e poder.
Celebrar quem somos nós, apreciando e honrando o que somos, o que fazemos, os nossos dons e talentos é viver a vida com intensidade e autenticidade. Celebrar não é ser arrogante. É uma consciência de nosso próprio poder e é a chave para a autoconfiança e satisfação. Celebrar a nós próprios é uma forma de demonstrar carinho, pois antes de amar aos que nos cercam temos que estar em paz com o que realmente somos.
Como nos diz com propriedade Ghandi, não existe um caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho, então devemos permanecer firmes nesta conquista diária de um caminho melhor, pleno de êxito, de felicidade e de autenticidade nas nossas emoções e sentimentos. Portanto, meu desejo é que possamos ser livres, autênticos, gentis e éticos, sempre compromissados com uma convivência harmoniosa e sincera, buscando cada vez mais incluirmos o afeto em nossas relações.
Com afeto,
Beth Landim
