Flu, sem convencer, é o 1º da Libertadores
Christiano 18/04/2012 21:38
[caption id="attachment_197607" align="alignleft" width="310" caption="Foto: Ricardo Ayres/Photocamera"][/caption]

O Fluminense venceu hoje, em Buenos Aires, o Arsenal, por 2x1, chegando aos 15 pontos, garantindo o primeiro lugar do grupo e de todos os grupos, fechando a 1ª fase com a melhor campanha da Libertadores. Isto lhe dará o direito, como em 2008, de decidir todos os jogos em casa nas fases seguintes de mata-mata.

Assim como em toda a 1ª fase, com exceção da histórica vitória contra o Boca Jrs em plena Bombonera, o Fluminense não jogou um grande futebol.

Jogou pro gasto e venceu com dificuldades, levando sufoco. O time fez 1x0 no primeiro tempo, em bela tabela de Rafael Sóbis e Carlinhos, com o lateral finalizando em gol.

Rafael Sóbis entrou bem no jogo, no lugar do preocupantemente machucado Wellington Nem. Com o jogo controlado, no início do segundo tempo Thiago Neves perdeu dois gols, um claríssimo, e a chance de matar o jogo. Os reservas do Arsenal cresceram, deram sufoco e chegaram ao justo empate, aos 36, em falha de Diego Cavalieri, que vinha muito bem até ali.

Aos 40 minutos, Thiago Neves entrou pela terceira vez sozinho na área, driblou o goleiro, tropeçou nele e caiu. Para mim, não foi pênalti. Mas o juiz deu e ainda expulsou o goleiro. Com as três substituições já feitas, um jogador de linha foi para o gol. Abel, repetindo o erro do jogo contra o Boca Jrs na semana passada, mandou Thiago Neves, em claro mau momento, bater.

Como era previsível, Thiago Neves perdeu o pênalti. Abel tem que aprender que Libertadores não é lugar de recuperar emocional de jogador batendo pênalti em jogo decisivo. Àquela altura, o Boca Jrs ganhava o Zamora por 2x0. O empate tirava o primeiro lugar geral e do grupo também.

Eis que, no final do jogo, já aos 47 minutos, Lanzini, que havia entrado no final do jogo, fez cruzamento preciso para Rafael Moura, até então figura nula no jogo, se antecipar ao goleiro improvisado e cabecear para o gol, decretando a vitória e a conquista dos duplos primeiros lugares.

He-Man salvou a pele de Abel e Thiago Neves. Salvou ainda o Fluminense de um vexame bisonho, que seria tropeçar no time reserva do Arsenal, com 10 jogadores, sem goleiro de ofício, perdendo pênalti (de novo) e as primeiras colocações faltando duas rodadas para o final. A vitória foi a terceira seguida do tricolor em solo argentino.

Para o prosseguimento da Libertadores, o Flu tem que evoluir muito o seu futebol se quiser ser realmente campeão. Até agora venceu, mas não convenceu. Seu adversário será o classificado de pior campanha. Deve ser o fraco Emelec, que eliminou o Flamengo. A não ser que aconteça uma improvável derrota do Cruz Azul hoje ou do Inter amanhã. Como previsto aqui, se o Fla se classificasse, pegaria o Fluminense.

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    Christiano Abreu Barbosa

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