A constante busca pelos melhores resultados
bethlandim 27/04/2012 21:15

“Certa vez, um velho lenhador, conhecido por sempre vencer os torneios que participava, foi desafiado por um outro lenhador, jovem e forte, para uma disputa. A competição chamou a atenção de todos os moradores da localidade. Muitos acreditavam que, finalmente, o velho perderia a condição de campeão dos lenhadores, em função da grande vantagem física do jovem desafiante.

No dia marcado, os dois competidores começaram a disputa, na qual o jovem se entregou com grande energia e convicto de que seria o novo campeão. De tempos em tempos, olhava para o velho e, às vezes, percebia que ele estava sentado. Pensou que o adversário estava velho demais para a disputa, e continuou cortando lenha com todo vigor.

Ao final do prazo estipulado para a competição, foram medir a produtividade dos dois lenhadores e pasmem! O velho vencera novamente, por larga margem, aquele jovem e forte lenhador.

Intrigado, o moço questionou o velho: - Não entendo! Muitas das vezes quando eu olhei para o senhor, durante a competição, notei que estava sentando, descansando, e, no entanto, conseguiu cortar muito mais lenha do que eu. Como pode?

- Engano seu! Disse o velho. Quando você me via sentado, na verdade, eu estava amolando meu machado e percebi que você usava muita força e obtinha pouco resultado.”

Esta parábola suscita importantes questões para os dias atuais. Com o mercado de trabalho tão competitivo e tanta exigência técnica, as organizações, muitas vezes, esquecem o real valor da experiência e da atualização como fatores responsáveis pelo melhor utilização dos conhecimentos técnicos adquiridos.

Não basta ter conhecimento técnico se o profissional não souber utilizar um conjunto de habilidades que possam transformar esse conhecimento em eficiência.

Na parábola, um dos lenhadores apostou em seu vigor físico, seu conhecimento técnico e, acima de tudo, em sua jovialidade como elementos imbatíveis para a competição. No entanto, foram a experiência, a capacidade de adaptação e observação, certamente desenvolvidas com a maturidade, que deram a vitória ao velho lenhador.

“Amolar o machado” periodicamente fez toda a diferença em uma disputa que parecia ter o resultado definido.

Assim acontece também conosco, nas mais diversas funções desempenhadas. É preciso buscar, continuamente, os melhores caminhos para alcançarmos os objetivos propostos. A observação e a capacidade de mudanças estratégicas devem ser componentes prioritários na vida de todo profissional.

Hoje, encontramos diversos centros educativos especializados em formação técnica de excelente nível. O crescimento desse segmento educacional é incontestável e necessário. No entanto, este crescimento não deve ser desassociado ao desenvolvimento das habilidades inerentes ao ser humano, que fazem, do conhecimento técnico, um instrumento mais eficaz. Essa é uma responsabilidade dividida com as mais diversas classes. O educador, o gerente, o empresário, o diretor, o colega de trabalho... todos devem incentivar essa associação de valores.  O uso das habilidades comportamentais para melhor desempenho técnico deve ser motivado por todo aquele que almeja melhoria de resultados seja do seu aluno, do seu subordinado, de sua empresa, do seu grupo de trabalho ou até mesmo de sua vida.

A valorização do ser humano, a motivação e a cooperação entre as pessoas sempre fizeram e continuarão sendo um diferencial de atuação.

A experiência profissional, fruto dos anos de dedicação e, conseqüentemente, de uma idade mais avançada, tende a ser desvalorizada com o surgimento do novo. Prova disso é a quantidade de senhores e senhoras que são considerados inativos quando ainda teriam tanto a contribuir. Quanta experiência é desperdiçada quando não valorizamos o potencial humano! Quanto perdemos quando achamos ser desnecessário sentar  e “amolar, diariamente, o nosso machado” em busca dos melhores caminhos!

Que nesse feriado prolongado, em homenagem ao dia dos trabalhadores, possamos refletir sobre nossas atitudes enquanto empregados e empregadores, enquanto seres humanos, para que, dessa forma, possamos sempre alcançar os resultados esperados.

Parabéns aos jovens e, sobretudo, aos experientes e sábios trabalhadores!

Com afeto,

Beth Landim

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