Telhado de Vidro na pauta da Câmara
Alexandre Bastos 06/03/2012 18:57

O vereador Marcos Bacellar (PDT) usou a tribuna da Câmara durante a sessão de hoje (06) para fazer um balanço sobre a operação Telhado de Vidro, que quatro anos depois teve os envolvidos com os bens liberados pela Justiça. Segundo Bacellar, a Operação teve motivação política. “Eu disse por diversas vezes que fui procurado antes da operação. Eles sabiam dessa operação e um enviado de Garotinho me ofereceu quatro secretarias antes mesmo do afastamento de Mocaiber. Naquela época eu comprei uma briga, não fiquei do lado dele e agora a verdade está aparecendo”, frisou Bacellar, que foi além. “Garotinho tem uma enorme inteligência, mas ele utiliza essa inteligência para o mal. É uma busca desenfreada do poder. Além disso, é desprovido de respeito e pudor. Só importa a sua vontade. Prefiro vencer no sacrifício do que passar por cima de alguém”, disse Bacellar.

Novos aliados do casal — Para Bacellar, temos hoje em Campos um bloco “Vira Casaca”. “Hoje nós temos vereadores, lideranças e gente de todas as áreas ao lado de Garotinho. Pessoas que eram pisoteadas, humilhadas por ele. Veja só! Até Mocaiber está lá. São muitos seguidores submissos ao casal. Viraram a casaca. Mas de coração ninguém fica ao lado deles”, finalizou Bacellar.

Odisséia — A vereadora Odisséia aproveitou o embalo e alfinetou Garotinho. “Por trás da operação houve um líder. Temos em Campos um visionário que prevê tudo o que acontece nesse município. Dois dias antes ele sabia tudo. Encaminhou uma pessoa para fazer negociações. Sabemos quem trabalhou com seriedade no governo passado. Mas o que houve foi uma generalização. Todos eram chamados de bandidos por um homem que se acha acima do bem e do mal”, disse a petista.

Altamir critica Bacellar — O vereador Altamir Bárbara (PSB), que foi secretário de Mocaiber, disse que Bacellar tinha muita influência no governo passado. “Bacellar culpou Garotinho. Mas ele votou contra as contas de Mocaiber e nós votamos a favor. Ele era presidente da Câmara e teve uma influência muito grande na Prefeitura. Indicou vários secretários. Participou ativamente da administração de Mocaiber. Houve uma pressão violenta para me tirar da secretaria de Administração. A bancada de Rosinha votou a favor de Mocaiber. E agora estão acusando Garotinho de armar uma cilada. E quem mandou no governo de Mocaiber reprovou as contas? Nós estamos sendo coerentes”, disparou Bárbara.

Rangel e a política do “Junto e misturado” — O vereador Jorge Rangel (PSB) ironizou o desabafo de Bacellar e lembrou que muita gente de Mocaiber está com Rosinha e muita gente de Rosinha já esteve com Mocaiber. “Ele veio aqui, fez uma encenação e depois saiu. Deu dor de barriga, sei lá. A verdade é que muita gente que hoje está de um lado já esteve do outro.  O vereador Albertinho foi cargo de confiança de Mocaiber por três meses. Magal assumiu uma secretaria e quase ficou no governo contra a vontade de Garotinho. Muitos que hoje malham eram os amigos de ontem. E muitos que atuaram no governo Mocaiber estão prestando grandes serviços no atual governo. Quem errou tem que pagar, mas os que não erraram merecem respeito”, enfatizou.

“Será que Graotinho manda a Polícia para a casa dele?” — O líder do governo, Jorge Magal (PR), também se posicionou. “A Polícia Federal já esteve na casa de Garotinho. Será que ele mandou invadir a própria casa. Mas quando é nas casas dos outros as pessoas dizem que foi ele que mandou. Estão querendo dizer que existe política por trás de tudo. Tem que deixar a Polícia e a Justiça trabalhar”, disse Magal.

Ano começando — Depois de tanta confusão, o presidente da Câmara, Nelson Nahim (PPL), disse sorrindo: “E olha que o ano está apenas começando”

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