Refletir é preciso
lucianaportinho 05/02/2012 22:17
Transcrevo abaixo, dois pedaços extraídos da entrevista que fizemos para o jornal Folha da Manhã, com o sociólogo, José Luis Vianna. O assunto? Política. [caption id="" align="alignright" width="300" caption="proac.uff.br"][/caption] Cientista de carne, osso e coração o professor José Luis Vianna é também sociólogo, mestre em Planejamento Urbano e diretor do Pólo da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Campos. Questionado se o aumento no número de vereadores representará renovação no legislativo campista, disse: “Por si só a quantidade não significa melhora na representatividade. Não depende só desse fator. Mas não sou contra”, disse e prosseguiu: — Com o passar dos anos minhas reflexões políticas vêm se alterando, o tempo impõe novas observações, nosso campo de visão se alarga. Passados quase 30 anos de democracia no Brasil, há o fenômeno da perda de legitimidade dos partidos políticos. Um enfraquecimento perceptível em toda a democracia ocidental moderna. A política se profissionalizou e afastou o cidadão comum que em algum momento pensou em se tornar um representante eleito. Os filtros são fortes. E nem estou falando de corrupção. Quanto mais o capitalismo se torna avançado e - à medida que o Brasil se integra entre os países de ponta - se reduz o leque de alternativas capazes de provocar mudanças — disse. “Alternativa para novas possibilidades” Segundo o professor José Luis Vianna, diretor da Universidade Federal Fluminense em Campos: “Como sociólogo tenho hoje duas preocupações centrais. A primeira é a temática ambiental. Ainda que saiba que a vida é maior do que a capacidade do homem em apreendê-la, me incomoda a possibilidade de vir a não ter gente para usufruir das riquezas que criamos. A segunda é a social e está articulada à questão ambiental. Há uma encruzilhada no país. Produzimos imensas riquezas, temos que transforma-las em bem estar social. Por essas necessidades, não vejo como negativo quem se dispõe a se misturar e a circular no meio da política. Cito o exemplo da Marina Silva. Ela é o que deveria ser uma regra não uma exceção. Mais pessoas com essa representatividade ligadas à alternância de poder, abririam novas possibilidades na política”, disse o professor.

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    Luciana Portinho

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