A hipertensão arterial é o principal fator de mortalidade mundial. No Brasil, este problema já atinge 22% a 44% da população adulta e as perspectivas apontam para um crescimento continuado desta doença. Durante muitos anos o treinamento aeróbico foi o componente principal das recomendações de exercícios para os seus portadores.
Entretanto em 1990, o ACSM (American College of Sports Medicine) publicou seu primeiro posicionamento reconhecendo o Treinamento de Força (Musculação) como um componente importante do treinamento físico de adultos saudáveis e não saudáveis, de todas as idades, combinado ao treinamento aeróbico.
Desta forma então, o Treinamento de Força têm se mostrado um grande aliado na minimização dos fatores de complicações das doenças cardiovasculares em idosos e adultos. Em virtude de sua contribuição à aptidão física e funcional nos portadores de doenças cardiovasculares, a sua prática apresenta níveis de adaptações favoráveis na redução dos níveis da Pressão Arterial, são elas:
- redução de ocorrências de isquemias durante os exercícios de força comparados aos exercícios aeróbicos (corrida, ciclismo etc..).
- facilitação do fluxo coronário reflexo aos incrementos da Pressão Arterial Diastólica, combinada com a Frequência Cardíaca mais baixa, reduzindo os níveis pressóricos.
- estresse vascular abaixo do ponto de corte sugerido para angina pectoris (30.000 mm Hg.bpm) durante a execução dos exercícios de força, identificando baixo risco.
- diminuição dos níveis de esforço absoluto nas atividades cotidianas, o que passaria a representar um percentual menor do esforço voluntário máximo individual, resultando em níveis menores da Pressão Arterial Sistólica e Diastólica.
- efeito hipotensivo da Pressão Arterial após a realização dos exercícios de força conferido pela redução do Sistema Nervoso Simpático (SNS).
Recomendações
Para a escolha correta dos exercícios, tipos de contrações musculares e entre outras informações de uma prática segura e eficaz, procure um Profissional de Educação Física.
Anderson Pontes Morales
Professor Universitário
Graduado em Educação Física
Aluno de Doutorado
Mestre em Ciências da Motricidade Humana
Especializado em Biomecânica do Movimento Humano
Para se informar mais profundamente aqui!
Leituras complementares:
BÄCK, M.; WENNERBLOM, B.; WITTBOLDT, S.; CIDER, A. Effects of high frequency exercise in patients before and after elective percutaneous coronary intervention. Eur J Cardiovasc Nurs. 2008
CARDOSO JR, C.G.; et al. Acute and chronic effects of aerobic and resistance exercise on ambulatory on blood pressure. CLINICS 2010; 65(3):317-25
OLIVEIRA, G.V.; GONÇALVES, P.S.; SOUZA, P.S.; MORALES, A.P.; MACIEL, R.N. Respostas cardíacas de mulheres normotensas e praticantes de treinamento com peso. Persp. Online: biol. & saúde, Campos dos Goytacazes, 3 (1) , 1-9, 2011.
SCHMID, J. P.; ANDEREGG, M.; ROMANENS, M.; MORGER, C.; NOVEANU, M.; HELLIGE, G.; SANER, H. Combined endurance/resistance training early on, after a first myocardial infarction, does not induce negative left ventricular remodelling. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. 2008 Jun;15(3):341-6.
WHITE, L. J.; McCOY, S. C.; CASTELLANO, V.; FERGUSON, M. A.; HOU, W.; DRESSENDORFER, R. H. Effect of resistance training on risk of coronary artery disease in women with multiple sclerosis. Scand J Clin Lab Invest. 2006; 66(4):351-5.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Sobre o autor
Marcos Almeida
[email protected]Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.