“Sangue Latino”, é um programa em que o jornalista e escritor Eric Nepomuceno conversa com diversos nomes das artes, literatura, música e dramaturgia. Neste programa que estou postando hoje é uma boa conversa do jornalista com o fotógrafo ( diretor de fotografia) Walter Carvalho.
Diretor de fotografia
- Febre do rato (2011), de Claudio Assis. Prêmio de melhor fotografia no Festival de Paulínia 2011.
- Sonhos Roubados (2009), de Sandra Werneck
- 23 anos em sete segundos: o fim do jejum do Corinthians (2009), de Di Moretti
- A Erva do rato (2008), de Julio Bressane
- Chega de saudade (2007), de Laiz Bodanzky
- Cleópatra (2007), de Julio Bressane. Prêmio de melhor fotografia no Festival de Cinema de Brasília.
- O céu de Suely (2006), de Karim Aïnouz
- O baixio das bestas (2006), de Cláudio Assis
- Eu me lembro (2005), de Edgar Navarro
- Crime delicado (2005), de Beto Brant. Prêmio de melhor fotografia no 10º Festival de Miami.
- Veneno da madrugada (2005), Ruy Guerra. Prêmio de melhor fotografia no Festival de Brasília.
- A máquina (2005), de João Falcão
- Entreatos (2004), de João Moreira Salles
- Cazuza – O tempo não pára (2004), de Sandra Werneck e Walter Carvalho
- Carandiru (2003), de Hector Babenco
- Filme de amor (2003), de Júlio Bressane
- Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz
- Amarelo manga (2002), de Cláudio Assis
- Lavoura arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho. Prêmio de melhor fotografia nos festivais de Cartagena e Havana. Prêmio da Associação Brasileira de Cinematografia (ABC) e o Grande Prêmio Brasil do Cinema Brasileiro.
- Amores possíveis (2001), de Sandra Werneck
- Abril despedaçado (2001), de Walter Salles
- O primeiro dia (2000), de Walter Salles
- Villa-Lobos, uma vida de paixão (1999), de Zelito Viana
- Notícias de uma guerra particular (1999), de João Moreira Salles e Kátia Lund
- Central do Brasil (1998), de Walter Salles
- Pequeno dicionário amoroso (1997), de Sandra Werneck
- Cinema de lágrimas (1995), de Nelson Pereira dos Santos
- Terra estrangeira (1995), de Walter Salles
- Socorro Nobre (1995), de Walter Salles
- Krajcberg, o poeta dos vestígios (1987), de Walter Salles
- Jorge Amado no cinema (1979), de Glauber Rocha
- Raul – O início, o fim e o maio (2011)
- Budapeste (2009)
- Moacir arte bruta (2005)
- Cazuza – O tempo não pára (2004)
- Lunário perpétuo (2003)
- Janela da alma (2002). Codirigido com João Jardim.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=8n9t41eYbks[/youtube]
Caso não consiga ver direto aqui no blog click neste link
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=8n9t41eYbks
Tragédia Brasileira (Manuel Bandeira)
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa — prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria. Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria. Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada.
Não fez nada disso: mudou de casa. Viveram três anos assim. Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa. Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.