“Frangogate” - RH quer transparência para população julgar moralidade do ato
Esdras 13/12/2011 17:06
[caption id="attachment_2860" align="aligncenter" width="756" caption="Caminhão da Aurora no pátio da Uenf"][/caption] Diante da enorme repercussão da matéria sobre os frangos da Fenorte, a equipe da Somos Assim ouviu o deputado Roberto Henriques sobre o caso que ficou popularmente conhecido em Campos como “Frangogate”, o escândalo da distribuição de frangos comprados com dinheiro público e distribuídos como brindes de Natal pelo presidente da Fenorte, professor Almy Jr. Em sua última edição,a Somos mostrou um enorme caminhão do frigorífico Aurora que pernoitou no campus da Uenf para descarregar ½ tonelada de frangos Blesses, em kits de Natal com bolsas térmicas, que foram distribuídos entre os funcionários da Fenorte. Fenorte justificou um erro com outro Segundo relatou o deputado Roberto Henriques, assim que ele tomou conhecimento do caso, ligou para Carlos Augusto, diretor financeiro da Fenorte, para se informar do ocorrido, tendo este justificado, em nome do professor Almy Jr, que, em anos anteriores, outros presidentes, como Ana Lúcia Boynard, Nelson Nahim e Luis Ogando, realizaram festas de confraternização natalina para os funcionários da Fenorte. Mas que esse ano, a nova diretoria da Fenorte optou por oferecer os kits natalinos. Segundo Carlos Augusto, os kits teriam sido licitados, e o menor preço teria sido o do frigorífico Aurora. Outra justificativa do funcionário é que o TCU (Tribunal de Contas da União) também está oferecendo aos seus funcionários brindes no valor de mais de R$200,00. Mas, como um erro não justifica o outro, a Somos questionou com o deputado Roberto Henriques se a atitude do presidente da Fenorte, professor Almy Jr, indicado por ele para o cargo, seria correta administrativamente. Deixando claro que foi ele que fez a indicação do professor Almy Jr, o deputado afirmou que mesmo assim não entra na questão administrativa, não fazendo nenhum tipo de ingerência na Fenorte, mas que teria se informado se o ato praticado pelo professor Almy Jr tem amparo legal, obtendo como resposta pela Procuradoria da Fenorte, que o ato é legal, e que teria recebido parecer positivo. Falta transparência Segundo opinião do deputado Roberto Henriques, a diretoria da Fenorte deveria expor publicamente todo o processo, bem como o parecer jurídico, de forma que não pairasse dúvidas sobre o procedimento e a lisura do mesmo. De acordo com o entendimento de Roberto Henriques, o processo deve ser colocado à disposição da população, bem como da imprensa, para que se mostre a lisura. Ele também afirmou que, apesar de ter indicado Almy, só esteve uma vez na Fenorte durante esse período e que, quando fez a indicação, foi para tentar resgatar a Fenorte, tornando realidade o sonho de transformá-la em uma Secretaria do Norte Fluminense, um órgão que representasse o interior do Estado, isso como parlamentar, quando então esteve com o governador expondo esse sonho, sendo que nesse momento foi que surgiu a indicação do professor Almy Jr. [caption id="attachment_2861" align="aligncenter" width="756" caption="Caminhão da Aurora entrando pelos fundos da Uenf e funcionários da Fenorte descarregando os frangos"][/caption] Segundo Roberto Henriques, ele ainda não fez nenhuma avaliação da gestão do professor Almy Jr, sendo assim, preferiu não emitir uma opinião por estar distante e achar que seria falta de ética, mas que vai avaliar a situação e fazer com que a Fenorte seja dirigida pelos melhores princípios administrativos, e que esse ato específico, a distribuição de brindes comprados com dinheiro público, cabe ao jurídico da Fenorte dar ou não sustentabilidade, julgando se foi correto. Ele também declarou que deve ser colocado em prática o princípio da transparência para que a população julgue a moralidade do ato. Roberto Henriques afirma que vai acompanhar e analisar todo material que receber e, se perceber qualquer “fumaça” que possa atrapalhar o que foi idealizado para a Fenorte, irá tomar as devidas providências.

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