Propaganda e poluição sonora em SJB
julia 08/10/2011 16:06
Já repararam uma coisa? Toda vez que estamos em casa, entretidos com alguma atividade, e passa um carro de som com o volume estupidamente alto, divulgando um produto, um evento ou seja lá o que for, não damos a mínima para a mensagem. A única coisa que o gênio da publicidade consegue nos transmitir é irritação. Acaba funcionando como uma espécie de contrapropaganda. Para mim, que tenho tolerância zero a poluição sonora, o resultado acaba sendo de rejeição à marca que tentam vender na divulgação ambulante. Em Campos carros de propaganda não podem circular no centro da cidade. Só nos bairros a publicidade volante é permitida. Em São João da Barra tal proibição seria ilógica porque as características são diferentes. Portanto, não é o caso de defender o fim deste tipo de veiculação. Propaganda em carro de som dá retorno. Mas, como em tudo na vida, é preciso usar o bom senso para não transformar um investimento válido em perda de dinheiro e de credibilidade. O problema com carros de som em São João da Barra é sério. A começar pelos babacas pitboys com síndrome de trio elétrico que saem por aí ouvindo suas “músicas”, achando que têm o direito de compartilhar com todo mundo. Para essas criaturas, só a polícia. Quanto aos carros de propaganda, que têm um serviço a prestar, falta disposição das autoridades. Enquanto isso não acontece, já seria muito bom se quem contrata tal tipo de serviço orientasse os contratados a cumprir o papel de divulgar em vez de aborrecer as pessoas. A Prefeitura tem sua responsabilidade no zelo pela ordem urbana, mas não demonstra muita disposição para isso. Não consegue sequer comprar um simples decibelímetro, aparelho que mede o nível de pressão sonora. A secretaria de Comunicação Social informou ao blog que faz a sua parte orientando os serviços de som contratados para divulgar ações e eventos do poder público a não abusar do volume e a desligar o som ao passar pelo hospital e pelas escolas e quando o veículo estiver parado. Já é alguma coisa. Carro de som passando, com volume razoável, em horário razoável, a gente até tolera e absorve a mensagem. Mas a criatura que para o carro e deixa aquela gritaria toda ali, torrando a paciência dos nossos ouvidos, é no mínimo sem noção. Isso para não dizer coisa pior. Eu, por exemplo, reajo à irritação com boicote mesmo. Tem uma determinada revendedora de gás que não vai ver um tostão do meu dinheiro. Tudo porque quem divulga a revenda na rua passa pela minha casa em pleno sábado, às 7h30 da manhã, com uma musiquinha estridente dizendo que “São João da Barra é bom demais”. Também acho. Não fosse o abuso dos carros de som seria melhor ainda.

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