A greve dos Correios, deflagrada na semana passada, é mais capítulo da péssima gestão pública feita pelo governo federal nos Correios. O serviço prestado em geral é péssimo e ineficiente, dando cada vez mais voz aos que defendem a sua privatização, já que o poder público, que detem o monopólio da atividade, não consegue resolver o problema.

Os mais prejudicadas pela greve são as pessoas físicas, que ficam sem receber as suas contas e terão de pagar juros sobre elas caso não consigam um meio alternativo. As empresas já há muito tempo vem contratando serviços privados de entrega, fugindo do alto custo, da ineficiência e do risco constante de greve dos Correios.

Não entrando no mérito das reinvidicações, que normalmente passam por aumentos de salário acima da inflação, o risco que se corre em greve longas deste tipo em serviços essenciais é angariar a antipatia da população e ver os seus clientes buscando alternativas e migrando para outras formas de entrega. Menos clientes, menos funcionários. O tiro pode acabar saindo pela culatra.