Obras de duplicação da BR101 vão durar seis anos e custar mais de 900 vidas
Esdras 14/09/2011 13:54
[caption id="attachment_2383" align="aligncenter" width="755" caption="secretário de Estado de Desenvolvimento Regional Felipe Peixoto na sede da Auto Pista"][/caption] Na última sexta-feira, antes tarde do que nunca, o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional Felipe Peixoto foi conhecer de perto os projetos da concessionária Autopista Fluminense para a BR 101, a “Estrada da Morte” que, anualmente, ceifa 150 vidas, sem contar os óbitos só registrados nos hospitais. Óbvio Ululante Segundo a sua assessoria, o objetivo da reunião foi obter informações para a elaboração do Plano Estrutural Territorial do Leste e Norte Fluminense. Durante o encontro, a concessionária apresentou ao secretário, entre outras coisas, as alterações previstas para a Avenida do Contorno e o projeto de duplicação da BR101, no trecho de Rio Bonito a Campos, com 176 km de extensão e considerado o mais perigoso de todo o trajeto. Na reunião concluiu-se o óbvio ululante, “Após as obras, espera-se reduzir a quantidade de vítimas fatais do trajeto”. Menos curvas e via alternativa para o Porto do Açu Mas, como de tudo se aproveita um pouco, na reunião também foi dito que, além da duplicação, a empresa vai deixar a via menos sinuosa entre Macaé e Campos, trecho com o lamentável recorde de maior número de acidentes. [caption id="attachment_2384" align="aligncenter" width="756" caption="Infográfico/Folha da Manhã"][/caption] Segundo a concessionária afirmou no encontro, também será construída uma via passando por fora de Campos com 45 Km de extensão (AQUI), para oferecer um acesso direto ao usuário de longa distância e dar fluidez ao fluxo proveniente do Porto do Açú, desviando a demanda de veículos de dentro do município. Nos estudos da Autopista, dos 12 mil veículos que trafegam por dia até Campos, 7 mil tem como destino a cidade fluminense e 5 mil seguem viagem. As obras estão previstas para serem concluídas em incrivelmente longos seis anos. Dados da Auto Pista mostram mais que 900 pessoas morrerão na BR 101 antes da duplicação A concessionária não divulgou o custo financeiro das obras, mas o custo aproximado em vidas é fácil de calcular. Segundo as próprias estatísticas da Auto Pista Fluminense, que calcula 150 mortes por ano, ainda serão sacrificadas cerca de 900 vidas para que esse pesadelo chegue ao fim. Isso, sem falar naqueles que morrem nos hospitais, talvez em número bem maior, e que nunca são lembrados pela empresa.

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