Os times do Rio fazem, em média, o seu melhor campeonato brasileiro na era dos pontos corridos. Três deles disputam, neste momento do campeonato, o título: Flamengo, Vasco e Botafogo O Fluminense, atual campeão brasileiro, patina no meio da tabela. Nenhum deles corre risco de rebaixamento, fato raro.

Apesar deste ótimo momento, o futebol carioca decepciona no público nos estádios. Sem o seu templo, o Maracanã, todos estão obrigados a jogar no Engenhão. Apesar do design moderno, o estádio construído para o Pan do Rio em 2007 tem inúmeros fatores que servem como inibidores de público.

O Engenhão é bem longe da Zona Sul, que concentra os moradores de maior poder aquisitivo da cidade. O acesso pelo transporte urbano é complexo e não há, como no Maracanã, estação de metrô perto. Os torcedores são obrigados a fazer baldeação entre metrô e trem.

Apesar de ser um equipamento novo, o seu estacionamento é diminuto e mesmo em jogos de baixo público os torcedores motorizados são obrigados a deixar os seus veículos nas apertadas ruas do bucólico bairro do Engenho de Dentro. A acústica inexiste e os gritos das torcidas muitas vezes são dispersados.

Passados quatro anos de sua inauguração, o Engenhão não conseguiu criar o hábito no torcedor carioca, que raras vezes lotou o estádio. Flamengo, Fluminense e Botafogo praticamente só jogam no Engenhão. O Vasco, único que tem estádio, só joga os clássicos. Neste campeonato, mesmo com os times bem, o estádio vive às moscas.

A média de público do Brasileirão 2011 é de 13.100 pagantes. A média de público do Engenhão, que já abrigou quatro clássicos, é de apenas 12.100 pagantes. E olha que tem o trem pagador do Flamengo com boa campanha, disputando o título. Veja abaixo a média de cada clube neste Brasileiro:

Mesmo os torcedores cariocas mais fiéis, acostumados a ir no Maracanã sempre que podem, independentemente da fase do time, torcem o pescoço para ir ao Engenhão. Não é à toa que o estádio ganhou o apelido de Vazião. Resta torcer para 2013 chegar e as obras do Maracanã acabarem dentro do prazo.

Fontes: Folha de São Paulo e Wikipedia