Hoje na Curva: O que é importante na vida?
Suzy 06/07/2011 12:49
Com certeza, a importância depende de suas prioridades. Para muitos, o importante é ter um bom emprego, aquele que vai garantir seu sustento e de sua família para o resto da existência, fazer uma boa poupança, galgar espaços mais altos, dedicando seu tempo a se aprimorar e subir. Para outros, o importante pode ser a fama. Ser reconhecido nas ruas, ser estrela, em qualquer lugar em que esteja. Superar obstáculos, viver sob os refletores. Ser estrela deve ser bom mesmo. Estar sempre rodeada de pessoas, nunca estar sozinho, mesmo que não signifique exatamente não ser solitário. Mas isso já é outra coisa. Pode se estar solitário em meio a um milhão de pessoas. Importante também pode ser ter um marido. Constituir uma família, ostentar um sobrenome. Lavar, passar e cozinhar, cuidar de casa. Fazer bolo de fubá nas tardes de domingo, (enquanto reclama que a sogra não vai embora nunca). Ter filhos, vê-los crescer e repetir a sua história. E, se acaso o relacionamento acabar, ser sempre a “ex de” que já rende um bom status. Mas, algumas coisas são realmente importantes, tipo, imprescindíveis, entende? Fazer o tal bolo de fubá, enquanto conversa com a sogra sobre como o marido era na infância. Elogiar o macarrão dela. Imprescindível é acordar de madrugada para ouvir seus filhos contando de seu dia. Assistir desenho animado, tentar responder todas as suas 499 dúvidas sobre a criação do homem e do universo. Brincar com os filhos no meio da festa de aniversário. Mas brincar de verdade. Estilo, comercial de Omo (se sujar faz bem). Amar incondiconalmente. Sem restrições, ainda que conheça seus defeitos, suas limitações. Ainda que eles sejam tudo o que nunca sonhou para você. Imprescindível, mesmo que o casamento vá muito bem, é ligar no meio da tarde para dizer que o ama. Sussurrar segredos no meio do expediente, ficar falando bobagens pelo MSN enquanto a noite não vem. Comprar uma lingerie nova, fazer surpresas. Buscar inovar. Mas, também, estar ao lado dele quando as luzes se apagarem. Ficar, quando todos forem embora. Sentir os olhos marejados d´agua, ao ver que “seu velho” não consegue nem mais levantar-se da cadeira sem ajuda, mas amá-lo mesmo assim. Imprescindível é poder enumerar os amigos que fez em todos os empregos pelos quais passou. Amigos mesmo, não aqueles de oportunidade. Amigos de boas e péssimas horas, aqueles que, não estando perto, sentirão sua falta. Lembrarão de você. E estarão em seu enterro, ainda que a fama e o poder já tenham passado. Imprescindível, na verdade, é o que bom se possa fazer e o amor semeado, aqui e ali.

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    Suzy Monteiro

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