[caption id="attachment_1845" align="aligncenter" width="756" caption="A agenda com anotação de valores apreendida pela Polícia Federal com o irmão de João Peixoto no dias das eleições"]
[/caption]
[caption id="attachment_1846" align="aligncenter" width="755" caption="O irmão de João Peixoto e trecho do auto de prisão em flagrante"]
[/caption]
O deputado João Peixoto, ao se mostrar bastante dedicado tentando convencer em seu difícil papel de músico do Titanic, declarando à mídia que tudo vai bem, finge ignorar, e faz pouco, do sério parecer da Vice-Procuradora Geral Eleitoral, Sandra Cureau, que rejeita todas as preliminares da sua defesa e recomenda ao TSE o provimento do recurso contra a expedição do seu diploma. Traduzindo, a nulidade do seu mandato.
É óbvio que, como diz João Peixoto, “não é o MP que julga e sim o Colegiado”, mas o quase ex-deputado, pelo jeito, está sendo extremamente mal informado pelos seus advogados no que tange ao peso do parecer do Ministério Público na decisão do Colegiado. João também parece não ter-se dado conta de que lá em Brasília, no TSE, é última instância. Se dançar dançou... Ou seja, como alertamos anteriormente, João pode ter que trocar o terno e gravata por pijama e chinelos...
Disfarçando contradições
Veja as suas declarações a Cláudio Nogueira na Rádio Continental
“O que está havendo é uma perseguição política, fruto, inclusive, de inveja pelo meu sucesso nas urnas. Já ganhei seis eleições. Foi uma de vereador (em 1992) e cinco de deputado”.
Segundo João,
"nada do que foi revelado agora é novidade, uma vez que o parecer do MP foi dado há mais de 20 dias". “Mas
não é o MP que julga e sim o Colegiado. O que ocorre é que estão fazendo uma tempestade em copo d`água. Mas
acredito na Justiça de Deus e no nosso Judiciário”.
http://www.fmanha.com.br/blogs/painel/?p=8692
Nota do Blog:
Em primeiro lugar, novidade é, pois ele mesmo declarou ao Diário desconhecer a decisão (veja lá embaixo). Em segundo lugar, se João Peixoto realmente acredita no judiciário como diz, não deveria minimizar o grave parecer do Ministério Público Eleitoral.
Ao jornalista Alexandre Bastos ele declarou:
“Quem entende sobre essas questões eleitorais sabe que não há sentido nessa alegação. Sei que algumas pessoas gostam de torcer contra e fazer especulações das mais variadas. Isso faz parte da política e do estilo de cada um. Como o meu estilo é sereno, afirmo que confio em Deus e vou continuar trabalhando com seriedade em prol de Campos e região”, afirmou Peixoto.
http://www.fmanha.com.br/blogs/bastos/?p=7241
Nota do blog:
Essa foi uma declaração picolé de chuchu... Não tem gosto de nada e nem diz nada... Usa o manjadíssimo jargão da “perseguição”, mas não comenta o teor desfavorável do parecer do MP e bota o nome de Deus no meio de uma questão que nada tem a ver com religião, apenas com Polícia Federal, acusação de compra de votos e Ministério Público.
As declarações ao Diário foram ainda mais contraditórias
“
Eu ainda não tomei conhecimento. Na minha concepção
isso é uma coisa séria, e que não existe. Para mim,
a primeira pessoa que teria que tomar conhecimento, seria eu...”. “Eu não encaro de outra forma, a não ser perseguição”, declarou.
E ainda acrescentou: “
Não tomei conhecimento de nada, se tivesse, os meus advogados já estariam a par disso”.
Nota do blog:
O deputado João Peixoto começa e termina essa declaração passando um verdadeiro atestado de incompetência dos seus advogados. Observe que, lá em cima, a Saulo Peçanha, ele disse “nada do que foi revelado agora é novidade, uma vez que o parecer do MP foi dado há mais de 20 dias. E veja só em que contradição ele cai ao declarar ao Diário “Eu ainda não tomei conhecimento. Na minha concepção isso é uma coisa séria, e que não existe”. “Para mim, a primeira pessoa que teria que tomar conhecimento, seria eu”. Depois usa de novo o velho jargão da “perseguição” e emenda : “Não tomei conhecimento de nada, se tivesse, os meus advogados já estariam a par disso”.
Caramba! O deputado nega que não sabia para um representante da mídia, admite para outro que sabia e que não era novidade e, no mesmo dia, diz para um terceiro que se existisse alguma coisa seus advogados “estariam a par”.
Diante de tanta contradição, só resta a você, leitor, decidir nessa história de João, quem é o amnésico, quem é o incompetente e quem é o mentiroso...
Para ver o parecer na íntegra, clique
MP- parecer de João Peixoto