Pirataria: problema econômico ou cultural?
Pexe 27/07/2011 09:06

Tenho lido atualmente alguns textos sobre os produtos piratas dizendo que o problema já não é mais econômico, e sim cultural, já fazendo parte de nosso cotidiano, sendo vendidos em todos os lugares (disponível), é barato (custo) e usam tecnologia de ponta (qualidade).

Como exemplo, temos os relógios chamados de “réplicas”, idênticos aos originais, inclusive em seu maquinário. Muitos dizem que são produtos “originais” que não passam pelo teste de qualidade, devido a mínimos detalhes, e que para não perder o produto, enviam para nós na América do Sul.

Outros defendem que o problema seja uma falha econômica. Citamos o caso dos CDs, que são vendidos no Brasil há mais de 15 anos a um valor médio de 12 dólares. O mesmo preço que é vendido nos EUA, mas não esqueçamos que a renda média lá é 6 vezes maior do que aqui.

Nesse caso, o preço é “justificado” pela quantidade dos chamados rentistas, ou seja, tem-se que pagar direitos autorais ao tocador do violão, ao diretor artístico, ao arranjador, ao cantor, empresário, e por ai vai, chegando ao problema da lei dos direitos autorais.

Para se ter uma idéia, no Brasil existe menos de 90 artistas contratados pelas 4 grandes gravadoras (EMI, Warner, Sony e Universal).

Em minha opinião, acho que o problema é a junção dos dois, econômico e cultural. É lógico que se um original custar o mesmo preço que um pirata, optamos pelo original. Mas se este for difícil de achar, (somente em lojas especializadas, difícil estacionamento, fila para pagar), muitos compram o que está ao alcance, rápido e simples. E ainda, com garantia!

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