Dizem que a natureza é perfeita. A natureza é. Inúmeros fenômenos naturais serão citados em contrário. Tsunamis, cheias, secas, tornados, chuvas torrenciais, calores e nevascas. Para todos direi: quem mandou a gente se colocar lá no meio deles. Quem?!
A verdade é que a perfeição da vida é este eterno movimento de nascer, morrer e renascer, um pouco ou muito, modificado. Afinal, homens geniais, com inteligência e persistência acima da média, já por infatigáveis vezes nos alertaram espantados com suas descobertas.
Nós humanos, como uma epidemia planetária, nos multiplicamos, fora de controle. Nos espalhamos e inchamos. Daí em diante, batemos ombro com ombro, cabeça com cabeça, coração com coração.
A quietude passou a ser sentida como tristeza?! Aceleramos. Desafinamos e atravessamos a harmonia. Quase uma frenética compulsão: s
hake!
[caption id="attachment_1446" align="aligncenter" width="397" caption="Ft. Luciana Portinho"]
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Na natureza, tudo se move e também é movido. É a ação e a não ação do ZEN. Estranha esta nossa civilização que tão arrogantemente ignorou seu habitat natural.
É só observar o modo de vida dos animais. Se aos primeiros raios de sol se espicham e se mexem, também param. Aos primeiros sinais do inverso hibernam, reservam-se para a próxima boa temporada.
Fica a incômoda sensação de que ‘pastamos’ mais do que deveríamos. Energia desperdiçada.
Fica a certeza de que é só querer. De que o desafio está posto. O tempo todo, tudo pode ser mudado. Perfeito e imperfeito são compreensões nossas, humanas. A vida pulsa. A vida é.
Luciana Portinho