Na planilha da concession�ria, a que a equipe da Somos teve acesso, aumentar a receita vem na frente de ampliar o tratamento de esgoto e preservar o meio ambiente. Confira abaixo: 1- Aumentar a receita Em primer�ssimo lugar �Aumentar a receita�, claro que essa � a meta de todas as empresas, mas coloca em segundo plano outras metas que envolvem a preocupa�ao com a sa�de do consumidor. 2- Reduzir os custos de opera��o �Reduzir os custos de opera��o�. Nos sub-itens dessa meta, a concession�ria fala em reduzir o consumo de produtos qu�micos no tratamento de �gua e esgoto. Diante dos questionamentos de especialistas quando � qualidade da �gua servida � popula��o local, a pr�tica parece bastante temer�ria. 3- Aumentar o faturamento �Aumentar o faturamento e a arrecada��o junto aos clientes de �gua e esgoto�. Essa meta �, no m�nimo, suspeita. Quais seriam os m�todos para atingi-la, j� que o pre�o da �gua segue uma tabela pr�-estabelecida? Esse � um item que deveria ser muito bem explicado em uma eventual A��o Civil P�blica. 4- Reduzir a inadimpl�ncia �Reduzir a inadimpl�ncia dos clientes de �gua e esgoto�. Como fornecimento de �gua � servi�o indispens�vel, esse item dever� dar muito trabalho ao corpo jur�dico da concession�ria antes de contribuir para aumentar o faturamento. Saiba mais AQUI. Morar Feliz com sede de �gua - Campos com sede de respostas A cr�nica falta d��gua nas resid�ncias do programa Morar Feliz, na Tapera, enfocada em mat�ria da Folha da Manh�, no dia 24 /04 (veja AQUI) foi confirmada pela equipe da Somos, que visitou � comunidade e, realmente, a situa��o verificada � muito preocupante, reduz drasticamente a qualidade de vida dos moradores e p�e em risco a sa�de de centenas de adultos e crian�as. O quadro est� ainda mais agravado pelas contas que os moradores s�o obrigados a pagar apesar de n�o receberem integralmente o servi�o. Ou seja, falta �gua h� dois meses, mas as contas chegam em dia e muitas delas com o valor bem acima da tarifa social, que s� d� desconto at� 10m3, da� para frente todas as contas entram na indigesta �tarifa progressiva� (veja quadro abaixo). [caption id="attachment_1392" align="aligncenter" width="756" caption="Finalidade social s� at� 10m3, menos do que o m�nimo da ONU, depois disso, tudo igual aos outros consumidores que pagam pela discut�vel tabela progressiva"][/caption] �guas do Para�ba culpa moradores Diante da lament�vel situa��o, a equipe da revista entrou em contato com o assessor de comunica��o da empresa �guas do Para�ba, Sr. Aldefran Lacerda, para saber porque falta �gua, quando haveria uma solu��o e qual seria ela. Incrivelmente, o assessor culpou os pr�prios moradores pela falta d��gua, alegando que �Infelizmente continua sendo uma das �reas onde ocorre mais furto de �gua em Campos� e �Apenas 48 horas ap�s a instala��o dos hidr�metros, mais da metade foi violada ou arrancada�. Leia as declara��es do assessor � revista, abaixo: Somos Assim: Estamos fazendo uma mat�ria sobre a falta d�agua nas casas do Morar Feliz da Tapera e gostar�amos de saber o seguinte: S.A.: Porque falta �gua? A.L.: Infelizmente continua sendo uma das �reas onde ocorre mais furto de �gua em Campos. S.A.: Todos fizeram "gatos"? A.L.: Apenas 48 horas ap�s a instala��o dos hidr�metros, mais da metade foi violada ou arrancada. NOTA DO EDITOR: Os moradores relatam que, por falta de press�o na rede, falta �gua desde que foram morar l�, h� cerca de dois meses e que, por isso, foram obrigados a violar os hidr�metros para adaptar bombas el�tricas e encher as caixas. S.A.: Os moradores alegam que a rede � mal dimensionada. Foi feita uma rede nova, redimensionada para suportar a instala��o de tantas casas? A.L.: �reas onde ocorrem grande volume de furto de �gua, h� desperd�cios e preju�zos para todos. NOTA DO EDITOR: Aqui o senhor Lacerda se esquiva de responder o que foi perguntado sobre redimensionamento da rede. Mas, mesmo que todos os moradores furtassem �gua, se a rede de fornecimento tivesse sido adequada ao consumo deles, �bviamente, n�o poderia faltar �gua. Nos luxuosos condom�nios e edif�cios de classe m�dia, onde se paga a car�ssima tarifa progressiva, qualquer falta d��gua � resolvida imediatamente. S.A.: Porque a cobran�a, mesmo faltando �gua? A.L.: Mesmo com o furto e o desperd�cio, h� press�o nas redes durante � noite e madrugada, suficiente para o abastecimento. NOTA DO EDITOR: Cada casa daquele conjunto popular conta com apenas uma pequena caixa d��gua de 500 litros. De acordo com a Organiza��o das Na��es Unidas, cada pessoa necessita de 3,3 m�/pessoa/m�s (cerca de 110 litros de �gua por dia para atender as necessidades b�sicas de consumo e higiene pessoal), isso, sem falar na roupa para lavar, limpeza da casa etc. Basta multiplicar pelo n�mero m�dio de pessoas que habitam aquelas casas populares para ver que, mesmo que ca�sse �gua todas as noites, o que n�o acontece, seria uma tarefa imposs�vel. Como ent�o cobrar por um servi�o que n�o � fornecido, ou n�o � fornecido integralmente? S.A.: Quando a CAP dar� uma solu��o para o problema? E qual ser� ela? A.L.: Campos j� � a terceira melhor cidade em saneamernto do RJ. A universaliza��o dos servi�os � prevista at� 2014. NOTA DO EDITOR: Novamente o senhor Lacerda se esquiva de responder o que foi perguntado. N�o diz quando a CAP dar� uma solu��o para o problema e qual ser� ela. O ano de 2014 parece muito distante para quem tem sede. S.A.: Porque na tarifa social a �nica diferen�a para a residencial � at� 10m3, depois disso todos os outros pre�os s�o iguais, se exatamente as fam�lias mais carentes t�m mais componentes e, principalmente, crian�as? A.L.: Mais de metade dos clientes de �guas do Para�ba enquadram-se nessa faixa de consumo. NOTA DO EDITOR: Isso n�o justifica a cobran�a social apenas nessa apertad�ssima faixa de consumo, que mais parece um racionamento, e � uma meta imposs�vel de ser atingida por fam�lias de 4 a 5 membros, dentro do padr�o m�nimo de consumo b�sico indicado pela Onu. L� mesmo nas casas populares da Tapera, uma comunidade formada por pessoas extremamente carentes, nossa equipe encontrou v�rios exemplos de contas com valores altos por ultrapassar essa estreita faixa imposta pela concession�ria. Moradores contam outra hist�ria As declara��es do assessor contrariam frontalmente o que foi dito pelos moradores � Somos. Confira abaixo: Saiba mais AQUI