Juiz: "Autor está com sensibilidade exagerada"
Christiano 15/04/2011 16:24

O juiz Luiz Gustavo Giuntini de Rezende, da Vara Especial Cível e Criminal do Fórum de Pedregulho (SP), deu uma bronca inusitada no autor em sua sentença na ação de indenização por danos morais contra o Banco do Brasil. O juiz iniciou a sentença, na qual julga improcedente o pedido, com a frase: "O autor quer dinheiro fácil."

O autor da ação havia sido impedido de entrar na agência bancária do Banco do Brasil pela porta giratória, que travou por quatro vezes. Assim, pretendia ser indenizado pela instituição financeira por danos morais, sob a alegação de que foi lesado em sua moral, uma vez que passou por situação "de vexame e constrangimento".

Na sentença, o juiz Luiz Gustavo Giuntuni diz sobre o autor: "Está com a sensibilidade exagerada. Deveria se enclausurar em casa ou em uma redoma de vidro, posto que viver sem alguns aborrecimentos é algo impossível", fazendo ainda analogias com a tragédia de Realengo.

Se inicia a sentença dizendo "O autor quer dinheiro fácil.", o juiz Luiz Gustavo Giuntuni a encerra assim: "E quanto ao dinheiro, que siga a velha e tradicional fórmula do trabalho para consegui-lo". Confira a sentença completa aqui.

Caso parecido aconteceu em janeiro de 2009, quando o juiz Claudio Ferreira Rodrigues, então no 2º Juizado Especial Cível (JEC) aqui em Campos, deu sentença de danos morais favorável a um autor contra as Casas Bahia, pois ele havia ficado 10 meses sem uma TV comprada na rede de varejo.

Na sentença, o juiz Cláudio Ferreira fez também comentários inusitados, como: "sem a TV, como o autor poderia assistir as gostosas do Big Brother".

Torcedor do Flamengo, o juiz ainda tripudiou dos times rivais: "Se o autor fosse torcedor do Fluminense ou do Vasco, não haveria a necessidade de haver televisor, já que para sofrer não se precisa de televisão".

O inusitado da sentença levou o juiz Cláudio Ferreira Rodrigues a ganhar projeção nacional, sendo destaque em jornais e sites noticiosos por todo país, ainda que talvez não tenha sido da maneira mais adequada.

Fonte: Migalhas Jurídicas

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