Caso Breno: Investigações avançam. Sócio nega envolvimento em entrevista
Christiano 26/03/2011 22:14

Júlio César Gonçalves, sócio de Breno Romano Almeida, deu entrevista esta semana à revista Somos Assim, na qual nega qualquer envolvimento com a tentativa de homicídio ocorrida contra Breno na madrugada do último dia 18. A entrevista completa pode ser conferida na edição da revista que circula neste domingo.

Como foi noticiado em primeira mão aqui, Breno foi atingido por três tiros na madrugada do dia 18, quando voltava para sua casa, após fechar o restaurante Speciale, no qual ele e Júlio tem sociedade. O empresário estava em seu Fiat Punto prata e foi atingido por tiros disparados por um motoqueiro, na esquina das ruas Conselheiro Otaviano e 13 de Maio, por volta de 01h30.

Mesmo atingido por três tiros, Breno continuou dirigindo, seguiu em direção à avenida 28 de Março e depois entrou pela Beira-Valão, no sentido Centro, quando, já perdendo os sentidos, acabou colidindo o seu carro no tapume da obra de revitalização do canal Campos-Macaé.

Breno foi levado para o pronto socorro do Hospital Ferreira Machado e na tarde do mesmo dia foi transferido para a UTI do hospital da Unimed. Nesta semana ele foi transferido da UTI para um quarto do hospital. Ontem, Breno já estava em sua casa, próxima ao Jardim São Benedito, e o seu estado de saúde é bom.

As investigações da polícia foram iniciadas já na madrugada do crime. Desde o início, a polícia trabalhou com duas possibilidades: tentativa de assalto ou crime encomendado contra a vida de Breno. Oficialmente, as duas possibilidades seguem sendo investigadas. Porém, fontes afirmam que a polícia já sabe que houve uma tentativa deliberada de homicídio.

Em seu blog, Esdras Pereira divulgou trechos importantes da entrevista (confira aqui) feita com Júlio César Gonçalves, sócio de Breno no Speciale.

Como é notória a divergência entre eles no comando do restaurante, muito se especulou durante a semana sobre um possível envolvimento de Júlio na tentativa de homicídio.

Na entrevista da Somos Assim, divulgada no blog, Júlio esclarece a sua relação com Breno e se defende de uma possível acusação. Veja abaixo alguns dos principais trechos e leia aqui a entrevista publicada no Blog do Esdras:

Somos Assim: Ainda não vieram em cima de você não?

Júlio: Ainda não, mas eu estou esperando que venham. Breno, eu não acredito que tenha inimigos. Eu acho que sou a única pessoa que já teve motivos para discordar dele, mas por trabalho. É como casamento. Eu também não concordo com tudo com minha mulher.

...

Somos Assim: A polícia não está revelando nada porque diz que vai atrapalhar as investigações, mas em todas as declarações que a gente vê nos jornais eles dizem que existem duas linhas: ou foi um assalto ou foi um crime encomendado. Júlio: Eu falei com minha esposa que esses tiros que deram no Breno estão doendo em mim. Eu sinto que as pessoas me olham atravessado.

Júlio é sócio de Breno no Speciale. Na mesma rua, Júlio tem um restaurante japonês de sucesso, o Kabuki, que tem comida em sistema de rodízio. Recentemente ele abriu, em um ponto no início da Formosa, em frente ao Quartel do Chopp, um restaurante que é um misto de temakeria e bruscheteria.

As divergências entre Júlio e Breno no comando do Speciale, bom restaurante que tem feito grande sucesso na cidade, surgiram logo no início, devido ao diferente estilo de atuação de cada sócio. Quem frequenta o Speciale notou já há algum tempo que somente Breno vinha atuando operacionalmente no comando do restaurante.

Como o próprio Júlio afirmou na entrevista, Breno propôs a compra de sua parte na sociedade logo no início. Fontes afirmam que na segunda-feira, dia 21, havia uma reunião marcada entre eles para decidir a possível compra e os rumos da sociedade. Como Breno tem um perfil tranquilo, sem inimigos conhecidos, as especulações em Campos, notória por fofocas típicas de cidades de interior, recaíram também sobre Júlio.

Enquanto isto, as investigações da polícia avançam e o cerco se fecha. As imagens de estabelecimentos particulares no caminho do Speciale até o Superbom, passando pela Avenida Pelinca e Rua Conselheiro Otaviano (na verdade, a mesma rua) estão ajudando bastante na apuração do crime.

Hoje em dia, com a insegurança pública, quase todo estabelecimento comercial tem um sistema de câmeras que inclui imagens internas e de acesso externo, pegando também imagens da rua. Já se sabe que Breno, depois de fechar o Speciale, parou o carro rapidamente em um restaurante, desceu e cumprimentou um amigo, por volta de 01h20.

Pouco depois, Júlio passou em seu carro, cruzando a Beira-Valão, após também encerrar o seu expediente. Por volta de 01h30, Breno cruzou a Beira-Valão, sendo alvejado minutos depois, na esquina do Superbom, já na rua 13 de Maio. Segundo fontes, a moto que carregava o atirador era uma Falcon preta, que teria ficado esperando Breno em uma rua que faz esquina com a Conselheiro Otaviano.

A investigação se concentra em identificar o atirador e o piloto da moto, para posteriormente identificar o mandante do crime.

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    Christiano Abreu Barbosa

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