Afastado da direção da FDC, Levi quer falar com professores e alunos
Esdras 20/02/2011 22:08
[caption id="attachment_1048" align="alignleft" width="283" caption="Levi Quaresma"][/caption] Afastado da direção da Faculdade de Direito de Campos (FDC) por suposto uso de recursos financeiros da instituição para a contratação de um escritório de advocacia para sua defesa pessoal, o reitor Levi Quaresma prepara a sua defesa legal para retornar ao cargo. Segundo nossas fontes, em ofício ao presidente da Fundação Cultural de Campos (FCC), Ivan Silva Machado, Levi esclareceu que o escritório de advocacia, na verdade, foi contratado para defender, também, outros membros do UNIFLU que exerciam funções na entidade mantenedora, a Fundação Cultural, como, por exemplo, Homero Padilha, Fernando da Silveira, Luís César Henriques Lusitano e Regina Coeli. Levi quer falar aos professores e alunos Esta semana, o professor Levi Quaresma enviou um ofício à professora Elizabeth Oliveira solicitando que ele possa se pronunciar sobre o assunto aos colegas professores e funcionários. Neste ofício, ele esclarece ao presidente da FCC Ivan Machado que haviam sido ajuizadas seis ações populares contra a Fundação. Todas elas ligadas ao Direito Constitucional e que, por isso, acabariam chegando ao Superior Tribunal Federal (STF). Assim, devido aos interesses institucionais e individuais envolvidos na demanda, haveria a necessidade da contratação de um escritório de advocacia renomado, de notável saber jurídico para defender a Fundação. Em relação aos valores dos honorários, segundo as mesmas fontes, o ex-diretor da FDC Levi Quaresma esclareceu ao presidente da FCC Ivan Machado que a contratação do escritório de advocacia era compatível com a situação financeira que a Fundação desfrutava à época e que, inclusive, possibilitou um polpudo empréstimo à FOC para pagamento de encargos trabalhistas e previdenciários atrasados. Atribuições Numa representação feita por Homero Padilha e Levi Quaresma ao Ministério Público do Rio de Janeiro, questiona-se a legalidade da destituição pelo Conselho Deliberativo, “outro fato a ser levado em conta consiste em que, pelos motivos propalados para a pretensão destituição do diretor/coordenador da Faculdade de Direito de Campos – suposto emprego de recurso da Fundação para o custeio de defesa de interesses supostamente pessoais – a apreciação do mencionado ato de gestão deve ser feita, primeiramente, pelo Conselho Fiscal, sendo certo que tal órgão até hoje não foi regulamento convocado (art. 32 do estatuto) para exercer suas atribuições estatutárias. Alunos querem eleições diretas Para o presidente eleito do Diretório Acadêmico, Ricardo Rosário, o diretório se posiciona a favor do melhor para os alunos. “Deve haver mais esclarecimentos aos alunos, que têm muitas dúvidas sobre o que aconteceu. Defendemos também as diretas já. Esse era um assunto que vinha sendo discutido desde a diretoria anterior a essa junta. Os alunos querem poder escolher a direção da faculdade”. O estudante João Paulo Soares Paes opina: “os alunos ainda não conseguiram captar o que está se passando, muita coisa precisa ser esclarecida. Alguns alegaram que ocorreram irregularidades. Se estão querendo mudanças, tem que mudar na raiz do problema, o processo de eleição da diretoria. Queremos eleições diretas. Atualmente o processo é feito com uma lista tríplice e o presidente da fundação escolhe um dos três, mas pode negar a lista e pedir uma nova. O processo não é democrático. Thiago Nascimento Alves O consultor convidado do diretório acadêmico, Thiago Nascimento Alves, conta que os estudantes não foram convidados para participar do processo de destituição e que o diretório também não participou. “Estamos em uma faculdade de Direito. O mínimo que um estudante de Direito pode defender é que a democracia seja plena e que nós possamos votar, escolher quem vai dirigir a faculdade, sem que isso gere uma barbárie dentro da faculdade”. “Queremos que nosso diploma seja respeitado. Como será respeitado se está acontecendo essa balbúrdia dentro da FDC? O fim da faculdade é o aluno, não é o professor. O professor é um meio para que os alunos tenham um ensino de qualidade. A Faculdade de Direito de Campos é um orgulho para a cidade, tem história, e isso tem que ser respeitado.” “Além disso, nós somos contra o Uniflu. A FDC não ganha nada com o Uniflu. Nós é que sofremos cortes, até falta de investimentos em setores como bibliotecas para manter as contas em dia para que nosso superávit primário seja usado para pagar dívida dos outros. Nós vamos pagar para o estudante de odontologia estudar? O Uniflu não contribui em nada.” Saiba mais AQUI.

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