Mandato de Ilsan Viana vai ter prova de fogo em Audiência no dia 14
Esdras
[caption id="attachment_963" align="aligncenter" width="756" caption="Ilsan recebendo diploma do mesmo juiz que o tomou minutos depois"][/caption] Após enfrentar uma verdadeira saga para tomar posse no cargo de vereadora, eleita por 7166 eleitores, a vereadora Ilsan Viana ainda vai enfrentar mais um aprova de fogo no dia 14 de fevereiro, quando ocorrerá uma Audiência de Instrução e Julgamento presidida pelo juiz Paulo Assed, sobre a Ação de Impugnação de Mandato que corre na Justiça Eleitoral. A odisséia de Ilsan, sem trocadilhos, começou no dia 11 de novembro de 2009, quando foi diplomada na justiça Eleitoral, mas teve a sua posse suspensa antes mesmo de cumprir o pequeno trajeto do prédio da Justiça Eleitoral até a Câmara de Vereadores. Em 09 de abril de 2010, Ilsan foi finalmente empossada, passando a fazer parte do time de vereadores que fazem oposição ao governo Rosinha, mas mantendo uma atuação discreta e bastante cautelosa, sem grandes arroubos ou aparente oposição sistemática ao governo municipal. [caption id="attachment_964" align="aligncenter" width="756" caption="Ilsan finalmente assumindo seu mandato na Câmara"][/caption] Reprovar conta de Mocaiber pode ter sido gol, contra Durante esse, ainda curto, período na Câmara Municipal de Campos, um inusitado episódio despertou a atenção dos observadores políticos locais, o seu voto contra a votação das contas do ex-aliado e ex-prefeito Alexandre Mocaiber e seu vice Roberto Henriques, acompanhando os vereadores Marcos Bacellar, Jorginho Pé no Chão e Odisséia, que também votaram contra a aprovação das contas, mas que foram vencidos pela maioria governista. O inusitado no voto de Ilsan contra a aprovação das contas de Mocaiber é que nelas também estavam inclusas as contas da APIC, presidida por ela própria durante bastante tempo da administração do ex-aliado, e que recebia cerca de R$ 7 milhões mensais da prefeitura de Campos, o que poderia levar o seu voto a ser usado contra ela mesma na demanda judicial que enfrenta com as denúncias do Ministério Público Estadual (MPE) e do suplente de vereador Ederval Venâncio, de que teria usado recursos da APIC em sua campanha eleitoral. No total, durante o governo Mocaiber, o convênio firmado entre a prefeitura e a APIC repassou cerca de R$ 308 milhões à instituição. Advogado de Ilsan dá vitória como certa De acordo com o advogado de Ilsan, João Batista de Oliveira Filho, as denúncias do MPE e do suplente de vereador Ederval Venâncio resultaram em duas ações diferentes, mas baseadas no mesmo fato. Uma delas foi um recurso contra a expedição de diploma, que foi julgado na última segunda-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde a vereadora teve a aprovação por unanimidade. No dia 14 será julgada em Campos a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo. “Nós damos como certa a vitória nessa ação porque ela foi baseada nos mesmos fatos em que, no recurso contra a expedição de diploma, o TRE decidiu favoravelmente à Ilsan”, disse o advogado. Ilsan diz não ter nada a temer Questionada se o fato de ter reprovado as contas de Mocaiber não lhe seria prejudicial, já que as contas da APIC estavam inclusas, a vereadora Ilsan respondeu que, embora tenha reprovado as contas do ex-prefeito, no momento do julgamento é possível especificar quais os pontos reprovados e quais os aprovados. “Eu reprovei algumas contas, não todas. Não é porque o APIC tinha convênio com a prefeitura durante o governo de Mocaiber que vou ter que compactuar com aquilo que não concordo. Existiram muitos convênios firmados pela prefeitura e não só o convênio da APIC, mas outros também estavam corretos. Nós prestamos contas da APIC à procuradoria da prefeitura e ao Tribunal de Contas do Estado”, disse Ilsan. “Tenho certeza de que não tem nada contra mim. Existem documentos que provam a minha inocência, e esses documentos foram apresentados por meus advogados”, afirma a vereadora. Em relação às alegações feitas por Ederval Venâncio, Ilsan responde: “Não vou discutir com quem não sabe o que está falando. O que tenho que provar é na justiça e isso meus advogados estão fazendo. Então, não tenho o que temer”, garante a vereadora. Saiba mais AQUI.
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