A disputa pela presidência da Alerj - que inicia nessa terça-feira nova legisltura com a posse dos deputados estaduais de mandato 2011/2012 – pode abrir outra guerra no PR do deputado federal Anthony Garotinho. Dois deputados estavam no páreo: Paulo Melo e Domingo Brazão, ambos eleitos pelo PMDB, mas o governador Sérgio Cabral decidiu por Melo (leia aqui). Havia um acordo entre os dois parlamentares para um rodízio: por dois anos ficaria um, dois ficaria outro. O acordo não satisfazia, mas foi considerado pelo PR – oposição a  Cabral – menos pior, na visão deles. Anteriormente, o PR apoiaria Brazão. Porém, Melo não estaria disposto a cumprir o acordo e alguns republicanos já se manifestaram por Paulo Melo. Presidente do partido no Estado, Garotinho reagiu de imediato, divulgando nota em seu blog (leia aqui) proibindo seus deputados de votarem no preferido de Cabral e ameaçando graves sanções a quem desobedecer: “Diante desses fatos, a Executiva estadual do PR decidiu que seus deputados não devem votar na candidatura de Paulo Melo à presidência da ALERJ, pois ela representa o continuísmo do mesmo grupo que por 16 anos tem impedido o funcionamento pleno e o fortalecimento do poder Legislativo no estado”. E continua a nota: “Quem desrespeitar a orientação partidária será submetido à Comissão de Ética e às sanções previstas no estatuto”. A nota traz ainda menção à decisão de alguns deputados do PR de não apoiarem a filha de Garotinho, Clarissa, para a liderança do partido na Alerj, o que já provocou um racha entre o ex-governador e o ex-vice-prefeito de Campos e deputado estadual, Roberto Henriques: “Em retaliação à decisão partidária que decidiu fechar questão contra o voto em Paulo Melo, alguns deputados resolveram apoiar para líder do partido na Assembléia, o deputado Iranildo Campos contra a minha filha Clarissa Garotinho, achando que com isso iriam chantagear a direção do PR – RJ”.  A  "guerra" promete novos capítulos.