CORRER RISCOS...
bethlandim 17/01/2011 11:47

Essa semana li uma história muito interessante que gostaria de comentar com você, leitor. A partir dela podemos fazer uma reflexão, principalmente para mudarmos o curso de nossas ações e pensamentos neste início do ano. Leia e reflita: Se existem três sapos numa folha, e um deles decide pular da folha para a água, quantos sapos restam na folha?

A resposta certa é: Restam três sapos. Porque o sapo apenas decidiu pular. Ele não pulou realmente.

Agora pense: Nós não somos como o sapo, muitas vezes? Decidimos fazer isso, fazer aquilo, mas ao final acabamos não fazendo nada? Na vida, temos que tomar muitas decisões. Algumas fáceis... algumas difíceis... A maior parte dos erros que cometemos não se deve a decisões erradas. A maior parte dos erros se deve a indecisões. Temos que viver com a conseqüência das nossas decisões. E isto é arriscar. Tudo é arriscar.

Ao contrário do que muitos apregoam, Aristóteles comentou certa vez que nós não somos somente o que pensamos ser e nem aquilo que falamos ser, mas sim aquilo que pensamos, falamos e, principalmente, fazemos repetidas vezes. Muitos de nós passamos a vida transferindo para o amanhã o que queremos fazer hoje e, assim, transferimos para um futuro incerto o anseio de nossa alma. Assim para sermos felizes é essencial correr riscos. Se não fizermos nada de diferente hoje, amanhã será igual. Você está satisfeito com a sua vida? Está feliz desta forma? Então continue! Mas se não está feliz, faça algo de diferente, pois só agindo, indo à luta, a vida poderá ser melhor ou pior.

Os riscos precisam ser enfrentados, porque o maior fracasso da vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não tem nada, é nada. Ela pode evitar o sofrimento e a dor, mas não aprende, não sente, não muda, não cresce ou vive. Presa à sua servidão, ela é uma escrava que teme a liberdade. Apenas quem arrisca é livre. Mas enquanto alguns correm  consideráveis riscos, em esportes radicais, por exemplo, pela busca de emoções fortes, de adrenalina, de desafiar os próprios limites, outros têm de fazê-lo pela simples necessidade de mudança.

É a necessidade de avançar que faz-nos correr riscos e ao longo da história tem sido assim com os grandes empreendedores. Thomas Edison, por exemplo, quando Nova York vivia iluminada por lampiões a gás, correu o risco de falir ao apostar todos os recursos de que dispunha na criação da lâmpada elétrica e, assim, iluminar gratuitamente quarteirões inteiros, para provar que sua invenção viria para mudar definitivamente o mundo. Mahatma Ghandi, sem canhões e sem exércitos, só pelo exemplo de vida, arriscou-se anos a fio na luta para libertar o povo indiano das garras do Império Britânico.

A vida é, em si, o risco de enfrentar constantes mudanças. Mas alguns mudam para ficarem os mesmos de sempre. Como um rio. As águas passam, o rio não é mais o mesmo; mas é o mesmo rio de sempre. Viver é correr riscos. Foi assim com Deus. Por amor, Ele preferiu correr o risco de dotar o ser humano de livre arbítrio — para que pudéssemos fazer escolhas morais e optássemos por amá-lo ou não — do que não correr risco nenhum e vir a criar “robôs” programados apenas para acertar. Foi assim com Jesus. Por amor, Ele correu o risco de enfrentar a cruz e a morte, para vencê-los e, assim, oferecer sua vida por nós.

É preciso correr riscos, pois só entendemos direito o milagre da vida quando deixamos que o inesperado possa se manifestar. A cada dia Deus nos dá – junto com o sol – um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. Todos os dias procuramos fingir que não percebemos este momento, que ele não existe, que hoje é igual a ontem e será igual a amanhã. Mas, quem presta atenção, descobre o instante mágico. Ele pode estar escondido na hora em que enfiamos a chave na porta pela manhã, no silêncio logo após o jantar, no infinito do mar, nas estrelas que brilham, no barulho das ondas do mar, na lua que se põe todos os dias somente para iluminar a nossa noite, nos olhos que se encontram.... Este momento existe – um momento em que toda a força das estrelas passa por nós, e nos permite fazer milagres.

Coitado daquele que tem ou teve medo de correr os riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nunca se desiluda, nem sofra como aqueles que têm um sonho a seguir. No entanto, quando olhar para trás – porque sempre olhamos para trás – escutará seu coração dizendo: O que fez com todas as oportunidades que você teve? Pobre de quem escuta estas palavras. Porque então acreditará em milagres, mas os instantes mágicos da vida já terão passado.

É essencial escutar nosso interior, se não desenvolvermos o olhar positivo para com a vida e perdemos a pureza da infância, não existirá mais sentido viver. A felicidade às vezes é uma bênção – mas geralmente é uma conquista. Dessa forma, tudo depende da forma que encaramos cada risco que corremos, cada decisão tomada, porque o pessimista, queixa-se dos ventos, o otimista espera que mudem e o realista, ajusta as velas para partir. Assim, a felicidade é proporcional ao risco que se corre. Quem se protege contra o sofrimento, protege-se contra a felicidade. Quem se torna invulnerável, torna sem sentido a existência. O homem feliz aceita ser vulnerável. O homem feliz aceita depender dos outros, mesmo pondo em risco sua própria felicidade. É a condição do amor e de todas as relações humanas, sem o que a vida não teria sentido.

Então, neste ano de 2011, permita-se correr riscos, lute para realizar seus sonhos, com certeza haverá momentos difíceis, mas tudo isso é passageiro, inevitável, e terminaremos nos orgulhando das marcas que foram deixadas pelos obstáculos. No futuro, poderemos olhar para trás com orgulho e fé, felizes por termos tentado..... Uma boa semana para você !!!!

Com afeto,

Beth Landim

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Elizabeth Landim

    [email protected]

    BLOGS - MAIS LIDAS