Feliz Natal
Suzy 23/12/2010 19:41
natal Lembro de alguns natais especiais em minha vida. Quando era pequena, a vida era dura, mas achava tudo maravilhoso. Minha mãe tinha esse poder. Nunca demonstrava que as dificuldades a abalavam. Fazia de nosso mundo, um mundo cheio de amor, de carinho, de felicidade. Houve um Natal, que ganhei uma boneca Susi. Nossa! Aquilo para mim foi um sonho. Ela vinha com um puff e um painel simulando uma sala de estar. Brinquei com aquela boneca até grande. Foi meu melhor presente de Natal. Em outros anos, quando a situação começou a melhorar, ganhei presentes mais caros, mas nada superou aquela Susi. Em cada centavo gasto na boneca, no laço da caixa, no papel que a embrulhou, tudo estava repleto de amor. E minha mãe não era do tipo que ficava falando: “comprei, caríssima, você não imagina  sacrifício, cuide bem”. Nada, no máximo era um “brinque bastante”. E ali, com o dinheiro correndo longe, qualquer um podia saber: havia uma família feliz. Acho que essa felicidade e essa segurança da minha infância é que deram a base de minha vida. Nem sempre as coisas são fáceis, mas sempre há um caminho. E com amor, verdadeiro, o caminho pode ser tortuoso, mas nunca errado, nunca falso. Não é esse o sentimento do Natal? Festejar o nascimento de Cristo, lembrar que Ele veio ao mundo para ensinar o óbvio e o que ainda, muitas vezes, insistimos em ignorar: que o Amor tem que estar acima de tudo. O amor verdadeiro, aquele que supera, que edifica, que acompanha. Há outros natais que não esqueço, como o primeiro em que minha mãe não estava mais conosco. Fazia seis meses de sua partida, mas não deixamos de ter ceia, presentes, oração em torno da mesa. Por que? Porque ela nunca permitiria que privássemos as crianças da comemoração que ela tanto gostava, que tanto fazia questão. Muita gente não gosta do Natal. Muitas famílias, também, não são felizes. Mas se pudesse dar um conselho a alguém seria para comemorar o Natal, pelo menos dentro de si mesmo. Repensar a vida, ser mais paciente, cultivar sua própria felicidade. Reescrever sua história. Não são os presentes, a mesa farta, a quantidade de “amigos” que farão a diferença no seu Natal, mas o amor que você tiver semeado, o carinho que tiver distribuído, os sorrisos que forem uma constante em sua existência e na daqueles que fazem parte de sua trajetória. O calor das ruas, o corre-corre do comprar de presentes quase nos faz esquecer seu verdadeiro significado. Há dois mil anos, nasceu um bebê que chegou para abalar o mundo. Se não fosse filho de Deus, já seria especial por sua mensagem de Amor acima de todas as coisas, de perdão, de simplicidade. Sendo o filho de Deus, escreveu a história da humanidade a partir de seu nascimento. Não podemos ignorar isso. Que cada Natal seja feliz e importante ao seu modo. Um feliz Natal a todos.

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    Suzy Monteiro

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