Depois, passar pela praça e entrar na Loja Moderninha, de portas abertas desde 1973, vendendo "de quase tudo", de paredes frontais com um raro azulejo negro, cheio de lua, estrelas e sol, bem ao estilo Lumiar, Mauá, Paraty... aliás, Portela em sua singeleza, tem muito da magia destes lugares. Tem a sua própria magia. Que locações para um longa-metragem!
[caption id="attachment_646" align="aligncenter" width="390" caption="Ft. Vigilantes Urbanos & Rurais"][/caption]Que gente simpática, atenciosa, a princípio reservada e logo, logo, receptiva, confiante, hospitaleira, todos os adjetivos. Como o Anselmo, barbeiro, colecionador de antiguidades, dono da Moderninha e do coração da bonita Rogéria, sua esposa de total aparência nórdica. Pais de 2 filhos lindos, Rogério e Rogelmo, crianças livres, daquelas de subir em árvore e outras artes que grandes cidades não permitem. Anselmo atualmente está recuperando pacientemente um sinucão oficial , feito na Inglaterra e que estava quase que irremediavelmente perdido. Fala com orgulho do pai, o poeta e advogado, Almir Pinto de Azevedo, autor de livros que contam a história do lugar, que, já teve nos tempos da ferrovia, hotel com 140 leitos e até um bordel renomado. Portela é lugar que se guarda na retina e no coração.