VIAGEM AO CENTRO DA LÍNGUA
lucianaportinho 11/11/2010 11:12
Sob o tema ‘Viajando na Língua Portuguesa’ Tony Belloto e Edinalda Almeida conseguiram a proeza de celebrar uma feliz união em público. Para muitos que pensam que é simples o ato de escrever, já de cara, o guitarrista/ficcionista nos fala de sua lida com as palavras. “Escrever é escrever, ler, cortar, reler, reescrever e jogar fora, jogar muito fora... esta é a luta com as palavras”. Já na viagem, indo além, a querida professora/artesã das palavras revela que “... ao escrever, a idéia se impõe, fico espremida, absolutamente dominada, me torno escrava”. [caption id="attachment_342" align="alignright" width="300" caption="Ft. Luciana Portinho"][/caption] Enquadram a técnica como uma ferramenta facilitadora à transmissão da emoção em qualquer modalidade de texto inclusive na poesia que segundo os próprios é a arte máxima da palavra. O mérito da poesia é sua concisão, o texto enxuto, não se resume simplesmente deixar fluir uma emoção. Observar o fino trato destes dois ao falar do processo de criação de um texto. Observar o prazer estampado na face da platéia e se deixar estar naquele bate papo informal e inteligente. Ontem, a arena cultural esteve lotada de um público tão animado quanto eclético. Ao meu lado, numa espontânea apresentação conheci uma vizinha de ótimo astral. Como eu, estava meio em êxtase. Há uma liga que até aqui une todas as palestras e mesas desta VI Bienal. Esta é do destaque ao hábito de ler. Quem não lê, não escreverá. É aquela tirada genial do Ziraldo na III Bienal do Livro de Campos: ’LER É MAIS IMPORTANTE DO QUE ESTUDAR’. Ou ainda a citada expressão de um Hemingway  ’Tente escrever uma frase verdadeira por dia’. Monteiro Lobato também cunhou uma sensacional. “Livro é sobremesa, tem que ser posto debaixo do nariz da freguês". Esta a tônica, este o chamamento. Lambam, pois, os beiços.

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