Assistir ao Luis Fernando Veríssimo é se deixar bafejar por bons ares. Ele mais um Zuenir Ventura, mediados pelo não menos interessante Arthur Dapieve, fizeram a noite na VI Bienal, do dia de ontem.
[caption id="attachment_308" align="alignright" width="300" caption="Ft. Luciana Portinho"]
[/caption]
Falaram para uma platéia, heterogênea e atenta, quase que ávida de coisas inteligentes. Num clima informal, trataram de pouco um tudo. Da dificuldade em ter assuntos permanentes sobre o que escrever, à demora na definição quanto às suas profissões, da ausência de uma vocação clara já na fase adulta como também ao ingresso acidental no ofício da escrita. Um era
copy-desk, o outro trabalhava no arquivo da Ultima Hora.
Uma abordagem de quem não se pretende mais do que é: jornalista, escritor, cronista ou ficcionista. No mais, humanos, falhos e com alguns galhos.
Bom, ouvi-los afirmar da importância da internet e das plataformas virtuais: ‘escreve-se como nunca’ e ainda observar a distinção entre escrever correto e escrever bem.
Sábado Nelson Motta, já tinha ressaltado a ‘revolução’ produzida pela internet ao democratizar o acesso de todos a tudo. Ele se reportava ao monumental acervo musical disponível na rede. Sessentão enxuto da cabeça aos pés, mente aberta aos novos talentos na música, sem deixar margem a nenhum tipo de saudosismo, nem querer alimentar preconceitos quanto aos novos estilos musicais.
Não assisti, sexta, ao José Hugo Celidônio. Pelo que soube, perdi. Disseram-me ser uma simpatia de simplicidade. Conversando e cozinhando, criou até um prato:
Risoto dos Goytacazes. Eu que gosto muito de um risoto, irei atrás da receita. Se alguém souber como conseguir, me ajude.
Sugiro a quem ainda não pode ir a Bienal, vá! Faz um bem sair da nossa mesmice...