Alex, que explorava as Meninas de Guarus, condenado a 10 anos por outro caso
Esdras 27/11/2010 16:05
Pedofilia [caption id="attachment_517" align="aligncenter" width="520" caption="Alex ainda é o único preso - Foto / Arquivo Folha da Manhã"][/caption] Preso em flagrante em junho de 2009 por exploração sexual de crianças e adolescentes, Leilson Rocha da Silva, o “Alex”, de 46 anos, foi condenado a 10 anos, 06 meses de cadeia, pelo juiz Leonardo Grandmasson. A sentença é resultado de uma ação penal proposta pelo MPE. No entanto, esta condenação não diz respeito ao envolvimento com a rede que explorava sexualmente meninas e meninos menores de idade em Campos, no caso das “Meninas de Guarus”, que envolve pedofilia, homicídios, drogas, poder e extorsão, que há mais de dois anos vem sendo investigado pelo Ministério Público Estadual, aprentemente sem a conclusão do inquérito. De acordo com a sentença, “Alex” foi condenado pelo crime previsto no Artigo 244-A, caput, e § 1º do ECA à pena de 04 anos e 10 meses de reclusão e 14 dias-multa, por submeter criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual. Como o acusado é reincidente, a pena foi aumentada de 1/6 perfazendo a condenação 05 anos, 07 meses e vinte dias de reclusão e 16 dias-multa. Considerando a continuidade delitiva, a pena foi aumentada em 1/6, totalizando 06 anos, 06 meses e vinte oito dias de reclusão e 18 dias-multa, no valor mínimo. Além deste, Alex foi também condenado pelo crime previsto no artigo 229 do Código Penal, à pena de 02 anos e seis meses de reclusão e 12 dias-multa, no valor mínimo, por manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim lidibinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente. Alex também foi condenado no art. 230 do CP à pena de um ano e seis meses de reclusão e 12 dias-multa no valor mínimo, por proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça. No total, Alex foi condenado a 10 anos, 06 meses e vinte oito dias de cadeia. A prisão de “Alex” em junho de 2009 foi o ponto chave para o desencadeamento das intermináveis investigações sobre a rede de pedofilia que atua em Campos, principalmente no caso das “Meninas de Guarus”. A partir da prisão de “Alex” uma série de depoimentos ligando o seu nome ao agenciamento de menores para “programas” foi colhida na 146ª DP - Guarus. Segundo esses depoimentos, muitos desses programas teriam tido como clientes pessoas de grande influência no mundo político de Campos e região e até pessoas que ocupavam cargos de confiança no governo da prefeita cassada Rosinha Garotinho. Embora condenado por essa sentença do juiz Leonardo Grandmasson, Alex ainda não foi punido pelo agenciamento e possível chefia da quadrilha de pedófilos que explorava meninos e meninas, os mantendo trancados dentro de uma casa em Guarus, onde permaneciam até que o suspeito de ser o comandante da quadrilha, o Alex, os obrigaria a manter relações sexuais com “clientes”. Muitas dessas crianças eram submetidas aos desejos sexuais de diferentes pessoas por várias vezes em uma noite. Em alguns dos programas, elas eram obrigadas também a se drogar e duas delas teriam sido assassinadas de forma cruel por overdose induzida de cocaína. Veja AQUI. Pudim já acionou autoridades em Brasília O deputado Geraldo Pudim concedeu loga entrevista a Somos (nas bancas nesse domingo) sobre pedofilia, derrota na urnas, apoio de Garotinho, eleição suplementar e eventual candidatura de Nelson Nahim. Veja AQUI. Após essa entrevista, o deputado Federal Geraldo Pudim viajou para Brasília, entregando pessoalmente farto material sobre o caso das “Meninas de Guarus” ao senador Demóstenes Torres e ao senador Magno Malta, da CPI da Pedofila, que ficou impressionado com a crueldade do caso, principalmente dos infanticídios, prometendo tomar providência e declarando que iria entrar em contato com o promotor do caso para saber os motivos da demora na conclusão do inquérito. Pudim também entregou o mesmo material a deputada Iriny Lopes, presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias. Seu próximo passo será encaminhar o material sobre o caso das “Meninas de Guarus” para o Ministério da Justiça e solicitar o acionamento da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual para que tomem providências imediatas para acabar com a longa impunidade dos implicados. AQUI

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