Uenf em chamas - Os três lados da moeda
Esdras 26/11/2010 18:51
[caption id="attachment_508" align="aligncenter" width="756" caption="O governo do estado não oferece solução para a questão salarial dos servidores e professores, obras do “Bandejão”, moradia estudantil e política de bolsas estudantis"][/caption] No melhor estilo do "empate" que era realizado pelos seringueiros liderados por Chico Mendes para proteger os seringais no Acre, os estudantes dos estudantes da Uenf decidiram em assembléia impedir a realização de provas e aulas até que haja uma solução definitiva para a crise que se abate sobre a instituição. Esta decisão dos estudantes está colocando em polvorosa quem queria acalmar a situação impedindo o retorno dos professores a uma greve por tempo indeterminado. É que os estudantes entendem que não é correto que se imponha uma aparente normalidade através da realização de provas e aulas enquanto que tudo indica que os professores serão forçados a retornar ao processo de greve a partir do dia 06 de Dezembro. O interessante é que a imensa maioria dos professores está acatando a decisão dos estudantes e suspendendo aulas e provas, até porque esta maioria deles está disposta a repor aulas dentro do calendário estabelecido pela instituição e que deve fazer o semestre se esticar até fevereiro de 2011. Por outro lado, a resistência mais dura contra o boicote decidido pelos estudantes está partindo de professores que votaram recentemente contra a volta da greve. Ai faz sentido, pois quem não aceita que sua própria categoria entre em greve, mesmo sem qualquer oferta objetiva do governo estadual, não tem razão alguma para aceitar a decisão dos estudantes. [caption id="attachment_507" align="aligncenter" width="756" caption="As prioridades da Uenf não são as mesmas de alunos e professores"][/caption] Mas uma coisa é certa.  A partir deste movimento dos estudantes, os representantes do governo do estado não vão mais poder usar este segmento como desculpa para impor a suspensão de greves na Uenf para negociar com os sindicatos. Aliás, melhor faria o governo do estado se resolvesse logo não apenas a questão salarial dos servidores e professores, mas também a questão do “Bandejão”, da moradia estudantil e da política de bolsas estudantis. Mas para isto teremos que ter um compromisso sério com a sustentabilidade financeira da instituição, cujo orçamento só faz definhar nos últimos 10 anos. É ai que mora o problema!

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