Praça da Bandeira
lucianaportinho 11/10/2010 10:05
Ao longo de oito anos, me dirigi quase que diariamente, à Praça da Bandeira, portal de entrada da Pelinca. E o fazia incomodada. Em dias de chuva me espremia entre os carros. Era obrigada a dar saltos e ainda assim molhar as canelas. Aquele gradil, em  praça tão apertada sempre também me pareceu insólito. Foi colocado num surto qualquer de macaquice provinciana, quando o Rio de Janeiro, por medida de segurança, cercava suas extensas praças. E ainda, aqueles dois fumegantes quiosques na ponta mais estreita da praça tornaram ainda mais confusa a área. Em torno da praça, que quase ninguém mais consegue ver, o trânsito rufa. Presas dentro das grades, duas lindas construções de estilo moderno e plenas de significado: o Palácio da Cultura e o Pantheon. Li na coluna Ponto Final, Folha da Manhã de sábado passado, em nota intitulada, Acessibilidade, referência à caótica situação. Deixo minha contribuição à atual administração municipal. Medidas simples, mas que dariam novo colorido a um espaço tão vital como a nossa Praça da Bandeira. Primeiro, há que refazer com urgência todo sistema de galeria de águas pluviais. Obsoleto que é, ao menor sinal de chuva, não consegue mais dar vazão. Reintegrar a praça na vida de seus moradores, retirando aquele gradil feio. Acabar com aquele estacionamento particular interno. Não faz sentido, o poder público privatizar área pública em seu próprio benefício. Na mesma linha, deslocar aqueles dois quiosques. Se algum comércio há de ter que seja de flores que embelezam qualquer praça, em qualquer lugar do mundo. Refazer o espelho d’água, que existia no projeto original do arquiteto Francisco Leal.  Criar uma área de lazer para as crianças. Criança é burburinho de graça e vida. Se dentro do Palácio há Cultura, que ela ultrapasse suas paredes e saia para a área da praça, através da música, poesia, representação cênica e das artes plásticas.  Deixar aberta a porta do Pantheon à visitação. Quase que a totalidade da população desconhece a existência daquele monumento. Como acima escrevi, são medidas bem simples que humanizariam a Praça da Bandeira e arredores. É só ter vontade política.

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    Luciana Portinho

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