O bloco do eu sozinho
Christiano 17/08/2010 11:48

Nas eleições em 2006, Garotinho, para dar votação expressiva a Geraldo Pudim e mostrar força política e capital de votos, pediu a eleitores de todos os recantos do estado que elegessem o seu candidato, desagradando a antigos aliados que também concorriam naquela eleição para deputado federal.

Garotinho teve sucesso, pois elegeu Pudim, um ilustre desconhecido no estado, com expressiva votação.  Porém, teve efeitos colaterais com antigos aliados e as sequelas foram inevitáveis.

Nestas eleições, contra a vontade de todo o seu grupo político, o ex-governador tentou ser candidato ao governo do estado e se viu em um previsível olho do furacão, bombardeado por todos os lados e com sua esposa cassada da Prefeitura de Campos.

O prejuízo para o seu grupo político foi grande e Garotinho não teve outra alternativa a não ser optar pela candidatura a deputado federal.

Garotinho vem pedindo votos para deputado federal, agora para ele, em movimento ainda mais forte do que 2006, percorrendo todo o estado e indo a localidades onde seu governo realizou obras, entrando em redutos eleitorais de boa parte dos que trabalharam com ele e Rosinha no governo.

A insatisfação é geral. Com Garotinho, o que sempre importa é o seu projeto político pessoal. Para isto, ele passa por cima de tudo e de todos. Seja aliados, seja inimigos, que, aliás, são trocados por ele de lado de acordo com a sua conveniência.

Isto talvez explique a grande rejeição que o ex-governador possui, em que pese o seu eleitorado cativo, que também não é pequeno e deve lhe tornar o deputado federal mais votado do estado.

Determinado, incansável no trabalho e ótimo estrategista, quando deixa a emoção de lado, Garotinho poderia aproveitar melhor as suas qualidades e, ao menos, não deixar sobressair tanto os seus defeitos.

Fonte: Radar On-Line Veja.com – Lauro Jardim

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