Na noite da última quinta-feira, o prefeito interino Nelson Nahim recebeu a Folha para um balanço dos seus primeiros dias de governo. Falou sobre a reação tranquila da cidade diante de mais uma troca de prefeitos por determinação da Justiça, das ações prioritárias para saúde e educação, da necessidade e não possibilidade imediata de concurso e de seus sonhos politicos. A integra da entrevista está na edição impressa da Folha desse domingo. Seguem alguns trechos: Saúde - Saúde é prioridade 0. Com relação a medicamentos, por exemplo, já determinei ao secretário Paulo Hirano para que, quando fizesse licitações, incluísse já na lista os medicamentos que já de rotina são solicitados através de processos, para que a pessoa não precise entrar com processo para só depois licitar. Como da mesma forma, os medicamentos através de determinação judicial para evitar que a pessoa fique esperando. A população não pode ficar a vida inteira esperando por medicamentos. PSF - O PSF é um grande projeto, mas em função de todas as coisas que ocorreram no passado há uma decisão judicial para que ele não funcionasse daquela forma e houve uma determinação judicial para que a prefeitura realizasse o concurso. A meu ver o judiciário foi induzido a erro, não questionando a decisão do judiciário, e sim como chegou ao judiciário que foi induzido a erro. É impossível você fazer um concurso em cima de um programa. O recurso do PSF não é da Prefeitura e sim do governo federal. Acho um despropósito fazer um concurso publico em cima de um programa que pode acabar. E ai? Como ficam aquelas pessoas? Puxa-sacos - Aquilo ali, na verdade, não foi um recado para ninguém especifico e, ao mesmo tempo, para todos. Sou cunhado de Rosinha e poderiam ficar pessoas querendo fazer fofocas. Então não vou permitir que se aproximem pessoas que queiram criar qualquer tipo de animosidade. Conversa com Rosinha - Já tive com ela umas duas ou três vezes... Conversamos... Obviamente que ela não está nada satisfeita, mas não há nenhum tipo de dificuldade. Se eu converso sou marionete e se eu sou do meu jeito, eu sou traidor.Eu não sou uma coisa nem outra eu não sou marionete e eu não sou traidor. Eu sou Nelson Nahim. É diferente. Traição - Relevo aquilo, sabe por quê? Foi um momento de muita emoção... eu mesmo me emocionei. Eu não levo em consideração aquilo. Foi um momento de sofrimento para ele (Garotinho), no qual ele se culpava daquilo tudo que estava acontecendo, que seria em função dele. Clarissa tava lá, todos os seus filhos. Encarei aquilo com naturalidade. Claro que gostar de ouvir aquilo, ninguém gostaria de ouvir, eu também não vou ser hipócrita, mas eu entendo o momento que ele estava vivendo. Sonho de ser prefeito - Por ironia do destino, quando tomei posse como vereador em 1996, dei uma entrevista à Folha da Manhã, quando disse que meu sonho era ser prefeito de Campos. E meu sonho nunca mudou. Eu abri mão por 14 anos. Em um momento oportuno, caso Rosinha perca seus recursos e o TRE marque novas eleições, claro que serei um dos nomes e acredito que o partido vai lembrar para que eu possa pleitear essa vaga.. Sina da troca de prefeitos - O que acontece em Campos é atípico. Acho que não existe cidade no país que tenha passado pelo que Campos passa. O fato é que isso é ruim para a cidade, cria instabilidade. Se houver nova eleição, que o prefeito possa cumprir até o fim seu mandato.