O que você deseja para seus filhos? Esse é o pensamento de todo pai ou mãe que ama suas crias. Mas, esse clima de Copa do Mundo, aliado à constante instabilidade política de Campos, leva a outro questionamento, bem mais imediato: O que será de nós? Daqui a quatro anos, todos os olhos estarão voltados para o Brasil, que vai sediar mais uma Copa. O Brasil inteiro será centro das atenções, independente das cidades que receberão os jogos.  Vemos todos os dias durante o último mês, reportagens sobre todos os cantos da África. Escolas promovem trabalhos com seus alunos sobre o contingente, ainda em parte desconhecido pela maioria da população mundial. Daqui a quatro anos, todo esse aparato de milhares de repórteres, milhões de pessoas estarão redescobrindo o país, que já é destaque por suas belezas naturais, seus pontos turísticos, sua gente tão apaixonante. E Campos? O que Campos poderá demonstrar de visão positiva, de crescimento, de vida de qualidade? Não temos um museu, embora seja a promessa dos governantes pelo menos nos últimos 20 anos, sucessivamente. O turismo histórico não se desenvolve, prédios históricos se acabam no tempo, não há uma política séria de preservação, de restauração. Não há incentivo para que donos de casarões, por exemplo, os transformem em fazendas que mostrem o passado de Campos. Não há passeios pelo rio Paraíba, os pontos de turismo ecológicos não possuem infra-estrutura adequada para se tornarem “profissionais”, com o devido respeito à natureza, mas como uma atração, sei lá, nacional. Por outro lado, não temos um pólo verdadeiramente industrial, que gerem empregos que libertem as próximas gerações. Infelizmente, Campos mergulhou em uma areia movediça e não consegue se soltar. A política se tornou de tão forma importante, que está sufocando outros assuntos que deveriam ser debatidos. Debatidos não. Postos em prática. Chega de conversa, chega de programas de governo. Chega de ontem. Campos realmente não merece por tudo que passa. Não merece ser a cidade que já teve. Passou da hora de voltar os olhos para o amanhã e o amanhã é agora.