Brasil empata com Portugal e pega o Chile
Christiano 25/06/2010 17:41

Em jogo equilibrado, sem muitas chances agudas de gol, Brasil e Portugal ficaram no 0 a 0, que atingiu o objetivo de ambos antes do jogo começar: o primeiro lugar para os brasileiros e a confirmação matemática da classificação dos portugueses para as oitavas-de-final.

Sentindo os desfalques de Kaká (suspenso), Elano (contundido) e Robinho (poupado), a seleção brasileira jogou um 1º tempo regular e uma péssima 2º etapa. O jogo mostrou a falta de opções no banco de reservas do Brasil, confirmando as críticas da torcida e da imprensa à convocação de Dunga.

O Brasil foi escalado com Júlio Baptista no lugar de Kaká, Daniel Alves no de Elano e Nilmar substituindo Robinho. Portugal iniciou o jogo com 4 novidades: Ricardo Costa, Duda, Pepe e Danny. O técnico luso quis reforçar a marcação, principalmente em seu lado esquerdo, para parar o forte lado direito brasileiro.

O início do jogo mostrou um domínio brasileiro, com maior posse de bola. Portugal se defendia bem, com forte marcação, e era perigoso nos contra-ataques. Logo aos 5 minutos, Daniel Alves recebeu no meio e arriscou de fora da área, assustando o goleiro Eduardo.

Os ataques brasileiros, como sempre, se concentravam no lado direto do seu ataque, com Maicon e Daniel Alves se revezando por ali. Portugal explorava os avanços de Maicon, com o bom lateral Fábio Coentrão.

Em contra-ataque português aos 24, Cristiano Ronaldo foi lançado nas costas de Juan, que teve de cortar o lance com a mão, em sua primeira falta na Copa. Levou cartão amarelo.

Aos 30, a melhor chance do Brasil no jogo. Luis Fabiano recebeu pela direita, cruzou e Nilmar entrou em diagonal de por trás da zaga portuguesa e chutou já na pequena área para Eduardo fazer um milagre e desviar a bola, que ainda bateu na trave e sobrou para a zaga portuguesa.

Nilmar, bem no jogo, sempre pela esquerda, deu um bonito chapéu e pegou de primeira, mas isolou a bola, aos 36. Logo em seguida, aos 38, Maicon recebeu lançamento longo pela direita e fez ótimo cruzamento para Luís Fabiano, que cabeceou para fora, quase na pequena área, perdendo grande chance.

Aos 42 minutos, Felipe Melo fez falta dura em Pepe, levando cartão amarelo. Dunga, vendo a iminente expulsão do seu volante, como já havia acontecido com Kaká, não esperou nem o intervalo para substitui-lo por Josué. Foram 7 cartões só no 1º tempo, em jogo pegado.

O Brasil teve 63% de posse de bola na 1ª etapa, as melhores chances e não fez o gol. Portugal voltou melhor no 2º tempo. Cristiano Ronaldo, eleito o melhor em campo pela Fifa, levava sempre vantagem sobre os defensores brasileiros no mano a mano, mesmo duelando contra Lúcio ou Juan. Somente pecava nas finalizações.

Aos 6, o astro português bateu falta e ela desviou em Pepe, assustando Júlio César. Portugal partiu para o ataque e lançou Simão no jogo.

Aos 15 minutos, Cristiano Ronaldo recebeu a bola antes do meio-campo e partiu sozinho contra quatro defensores brasileiros. Ele passou por Juan e somente foi desarmado por Lúcio, já dentro da área. A bola espirrou e sobrou para Raul Meireles, que ganhou de Maicon na corrida e chutou, já na pequena área. Júlio César fez milagre e salvou. Foi a melhor chance potuguesa no jogo.

Sem Felipe Melo, Elano e Kaká, o Brasil perdeu o meio-campo para Portugal, que dominava o jogo, mas não era objetivo. Júlio Baptista foi uma figura nula no jogo e Josué era pior do que Felipe Melo. Daniel Alves também não repetiu suas grandes atuações anteriores.

Na falta de armação de jogadas do meio-campo brasileiro, Lúcio, sem habilidade para isto, era quem armava o jogo. Dunga, tardiamente, trocou Júlio Baptista por Ramires e Luís Fabiano, mal hoje, por Grafite. Na última chance do jogo, Ramires chutou, a bola desviou e Eduardo salvou Portugal.

O 0x0 foi justo pelo equilíbrio da partida, com cada time melhor um tempo. O Brasil caiu na chave mais fácil e enfrenta agora o Chile nas oitavas-de-final, como em 1998. Os brasileiro somentem pegam Argentina, Alemanha, Espanha ou Inglaterra numa final. Já Portugal faz o clássico ibérico contra a Espanha.

* Texto publicado originalmente no blog Folha na Copa (aqui)

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    Christiano Abreu Barbosa

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