O clima está quente na Câmara Municipal agora pela manhã. Um batalhão de guardas civis municipais está de prontidão, desde as primeiras horas, na frente do antigo Fórum, na Rua Alberto Torres. A sessão da manhã, a primeira dos vereadores depois da cassação, promete ser tensa.

Na escadarias de acesso à Câmara, um popular, provavelmente partidário de Arnaldo, segurava um cartaz gaiato: "Meu voto é válido, a cassação também", em alusão à campanha de Rosinha nas eleições de 2008, cujo marketing tirava votos de Arnaldo devido à sua parcial inelegibilidade até então.

Próximo dali, uma pessoa distribuía centenas de jornais. Muitos pegavam para ler, até os guardas civis municipais, sem muito o que fazer até então. O jornal fez sucesso entre alguns guardas.

Em formato tablóide, entitulado "A Voz  da Rua", com distribuição gratuita, o jornal é claramente  panfletário e tendencioso contra os Garotinhos. Em prática lamentável, é apócrifo, sem identificação de jornalista responsável ou de sua propriedade. Assinala na capa Ano 1 e Número 0.

O seu conteúdo contém as péssimas notícias recentes contra Garotinho, noticiando a sentença do TRE e a gravação clandestina. Em todas as suas 4 páginas, pega pesado com o casal. Parece ter sido feito às pressas, porque todos recebem dois jornais encartados como um só, parecendo ser de 8 páginas, quando são dois de 4, um dentro do outro.

A revista Somos Assim, que teve conteúdo republicado em uma das páginas, noticiou em sua última edição o surgimento de um novo jornal em Campos, com tiragem gratuita de 10.000 exemplares. Se for o "A Voz da Rua", começou mal, muito mal.