Em entrevista agora há pouco, o advogado João Batista Oliveira fez uma interessante análise da questão judicial do casal Garotinho. Segundo ele, ao contrário do que se possa imaginar, uma demora na resposta do TSE é mais prejudicial a Rosinha do que a Garotinho. Se o julgamento da liminar não ocorrer rapidamente e o TRE publicar a decisão de ontem, Rosinha terá que deixar imediatamente (sem nenhuma margem à outra interpretação). No caso de Garotinho, a urgência é mais para um efeito político do que prático. Isso porque dia 5 é o último dia para apresentar o pedido do registro de candidatura. Depois disso, são 4 dias para publicação do edital com os registros pedidos e 5 dias para apresentação de eventuais pedidos de impugnação. Em seguida, são mais sete dias para que o candidato se defenda. Então, são 16 dias após o dia 5 que ele, assim como Arnaldo e Mocaiber e outros políticos pelo Brasil, tem para definir a situação. Uma decisão antes do dia 5 significaria uma maior estabilidade na candidatura do ex-governador, afinal, iniciar uma campanha para majoritária "inelegível" pode não inspirar muita confiança.