Quem cruza a divisa do estado do Rio para algum estado vizinho, invariavelmente tem a sensação de que as estradas fluminenses são bem piores do que as demais. Senão, vejam só:

- Uma ida ao Espírito Santo, seja para Vitória ou Guarapari, pela BR-101, mostra que o órgão federal Dnit, no ES, funciona bem melhor do que o Dnit-RJ. A BR-101 no trecho capixaba tem constantes obras e manutenção, coisa rara na BR-101 no trecho fluminense antes da privatização. E o pior é constatar que a atual BR-101 privatizada do RJ é igual a BR-101 pública do ES. A única diferença é o pedágio.

- Uma viagem até Minas Gerais para Belo Horizonte, traz várias constatações. A BR-356, estrada que liga Belo Horizonte a São João da Barra (entenda aqui e aqui), no trecho mineiro é infinitamente mais bem cuidada, em que pese as obras recentes no trecho fluminense entre Campos e Itaperuna. Quando o veículo passa a divisa no trecho Itaperuna-Muriaé e entra em MG, sente grande diferença. Além disto, as estradas estaduais mineiras são mais bem cuidadas do que as fluminenses, salvo raras exceções.

- Quem vai até Carangola ou Alto Caparaó, ambos em Minas Gerais, passa pela péssima estrada estadual RJ-220 que liga Natividade e Porciúncula à Itaperuna e BR-356. Logo após cruzar Porciúncula e deixar o estado do Rio pela esburacada estrada, o motorista encontra uma ótima estrada no trecho mineiro, realçando o contraste. O blog de Guilherme Fonseca, que fala sobre o Noroeste do RJ, já alertava desde 2009 (aqui) sobre o péssimo estado da RJ-220.

Alô, alô, Cabral, a infra-estrutura do estado merece mais atenção.