O advento da Internet e da fácil troca de mensagens de maneira eletrônica, através dos e-mails, tornou a comunicação muito mais dinâmica, com enormes ganhos de tempo, custo e produtividade para pessoas físicas e jurídicas.
Com alguns cliques, informações e relatórios são disseminados em segundos para lugares que vão desde a mesa ao lado até o outro lado do globo. É uma maneira, documentada, muito prática e rápida de comunicação.
Porém, o e-mail não resolve tudo na vida. Em muitos casos a boa e velha reunião presencial tem muito mais resultado do que uma extensa troca de e-mails na qual ninguém se entende e nem chega a lugar algum (ou ao lugar errado).
Neste sentido, o Ex-Blog de César Maia (inscreva-se aqui) traz, em sua edição de hoje, uma interessante análise, baseado em texto publicado no New York Times:
ONDE A COMUNICAÇÃO POR E-MAIL NÃO FUNCIONA! Trechos do artigo de Joe Shearkey no NYT/Folha SP (15). 1. O verbete do "Webster" on-line sobre emoticons diz que esses símbolos tipográficos que aparecem em mensagens de e-mail "visam representar uma expressão facial e transmitir o tipo de emoção que o texto simples não transmite". Os emoticons podem funcionar bem nas comunicações pessoais, mas não em comunicações de negócios. Se você depende de um rosto sorridente para comunicar uma ideia a um cliente ou colega distante, (a advogados jovens de sua empresa), provavelmente deveria afastar-se do teclado, embarcar em um avião e comunicar-se pessoalmente. 2. Isso vale especialmente se a comunicação envolve qualquer espécie de desavença ou litígio. Nunca se deve participar de um litígio eletronicamente. Se você vai discordar de alguém, com certeza não vai querer fazer isso por e-mail e, se possível, nem mesmo pelo telefone. O ideal é fazer isso cara a cara com a pessoa. 3. Seu uso apropriado pode tornar desnecessárias algumas viagens a trabalho, e também pode fazer você ser mais produtivo durante as longas horas passadas aguardando em aeroportos. Pessoas experientes em viagens a negócios, dizem estar incentivando funcionários mais jovens a "refletir sistematicamente" sobre como equilibrar comunicações à distância com a necessidade de às vezes fazer negócios pessoalmente. 4. Essa é uma mensagem importante que nem sempre é recebida naturalmente pelos jovens de hoje, que cresceram tendo boa parte de suas comunicações feitas por e-mail. Ao prever que vai ter uma interação difícil com um colega (advogado), ou cliente, se puder ter essa interação cara a cara será melhor, para poder interpretar a linguagem corporal da outra pessoa e outros sinais sociais’. Com mensagens de texto, e-mails ou mesmo videoconferências, nem sempre é possível avaliar a reação do outro, e cresce a possibilidade de ocorrer um mal-entendido ou de as coisas chegarem a um grau de gravidade que você não tinha previsto.