Hoje na Curva — Permita-se
Suzy 24/02/2010 20:48

Permita-se

Se a cada nome que imagina chamar, é o dele que chega primeiro aos seus lábios, no instante seguinte de ter ultrapassado seus pensamentos, permita-se pronunciar aquele nome, nem que seja baixinho, apenas para satisfazer seus próprios ouvidos. Fale e repita, não abra mão de sentir o som mergulhando em sua alma, fazendo lembrar um tempo em que suas vozes se confundiam entre outros sons.

Se é o corpo dele que o seu anseia tão desesperadamente, por que fingir prazeres em outros braços? Ou, o que é pior, acostumar com o menos do que excepcional? Se é corpo dele, seu amor maluco, seus sonhos desvairados, permita-se ama-lo. Nada pagará o soprar de sua respiração se quietando depois do amor.

Se são os olhos dele que invadem seus sonhos sem pedirem licença, povoando de possibilidades seu imaginário, não se recuse mais a dormir. Permita-se receber a visita dele, mesmo sem querer. Permita-se aproveitar essa visita e guarde-a para lembrar nos momentos mais áridos. E aqueles olhos passeando entre seus sonhos, sorrindo, embora a boca esteja muda é tocar um pouco o paraíso.

Se é, à simples passagem dele, que teu corpo reage, você está perdida. Mas não se preocupe demais. Permita ser guiada pelas mãos dele, mesmo que isso não faça sentido algum. Esgotar o amor, ir fundo nele, até para se necessário, poder partir para outra sem culpas, sem aquele insistente gostinho do que poderia ter sido. A cada amor que termina é cobrado que se esqueça tudo o que viveu e corra, imediatamente, para outros braços. O luto do desamor parece sempre coisas de fracos. Mas, para assumir que, apesar de tudo, ainda ama é preciso força. Permita-se viver os amores ata a última gota, porque...

“Vou te contar

Os olhos já não podem ver

Coisas que só o coração pode entender

Fundamental é mesmo o amor

É impossível ser feliz sozinho

O resto é mar

É tudo que eu nem sei contar

São coisas lindas que eu tenho pra te dar

Vem de mansinho a brisa e me diz

É impossível ser feliz sozinho

Da primeira vez era a cidade

Da segunda o cais e a eternidade

Agora eu já sei

Da onda que se ergueu no mar

E das estrelas que esquecemos de contar

O amor se deixa surpreender

Enquanto a noite vem nos envolver...”

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