Quem viu o 1º tempo do FlaxFlu hoje, com vitória com ampla e absoluta superioridade de um time bem armado e em bom estado físico, que ganhou como e quando quis, com diferença de apenas dois gols (3x1) que não retratou a sua superioridade, acha que o Fluminense goleou e massacrou o Flamengo.

Porém, quem viu o 2º tempo, viu porque Andrade conduziu o Flamengo ao hexacampeonato brasileiro e porque o elenco rubro-negro conquistou o título. Com as alterações feitas pelo técnico, em menos de 10 minutos o Flamengo empatou, explorando o seu lado direito e esquerdo da defesa tricolor, levando Cuca a sacar o bom lateral Júlio César.

O garoto Vinícius Pacheco, que andou emprestado a vários times e quase foi dispensado, entrou muito bem no time, assim como a volta do titular Williams. Vágner Love, com uma disposição não vista no seu retorno ao Palmeiras, e o ainda lento Adriano (falta de treinos), mas forte e com técnica superior ao padrão do futebol disputado no país, faziam a diferença.

Após o empate e a lambança do zagueiro Álvaro, o Flamengo arrefeceu e o Flu não parecia ter mais forças, já sem o seu ataque titular com a saída de Maicon (Fred não jogou). O empate parecia ser o destino do jogo. Aí, aconteceu o lance decisivo da partida.

Cuca tirou um zagueiro e colocou um atacante, eliminando a sobra da zaga tricolor frente ao poderoso ataque rubro-negro. Pouco depois disto, em dois contra-ataques mortais, o Fla, com um a menos, conseguiu, com Adriano (novamente carrasco tricolor), uma virada histórica para cima do rival que mais lhe dá trabalho no cenário estadual, emplacando o 5x3 que praticamente selou a sua classificação e a fuga do Vasco de Dodô nas semi-finais.

O jogo lembra um pouco o de 2004, quando o Flu abriu 3x1 e perdeu por 4x3, em outra virada histórica comandada pelo lateral esquerdo Roger, que depois virou polonês e jogou pela seleção daquele país do Leste Europeu.