A Folha da Manhã completou hoje 32 anos de existência e está nas bancas e nos domicílios dos assinantes com uma edição especial, de 64 páginas. A equipe comercial do jornal manteve a tradição e, ignorando o ruim período de férias para as vendas, comercializou mais de 320 anúncios na edição de hoje.

Reza a regra do departamento comercial, cumprida religiosamente, que a cada ano deve-se ganhar mais 10 clientes. Dos mais de 320 anunciantes, um percentual superior a 90% é de clientes privados (conforme pode ser verificado hoje no Folha Digital, aqui), outro padrão comercial desta empresa jornalística.

Perpetua-se assim o jornal, mantendo uma regra básica e um ciclo virtuoso para qualquer jornal: Maior circulação gera anúncios, que geram receitas. Receitas geram investimentos, que qualificam o produto e geram circulação, reinciando-se o ciclo.

Parece simples, mas não é. Campos já teve 5 jornais. Hoje tem 2. Fecharam as portas A Cidade, A Notícia e o tradicional Monitor Campista. Jornal sem circulação, sem anúncios ou com cliente único não sobrevive a longo prazo nos padrões de custos atuais.

O menor número de veículos é ruim para os que permaneceram, que com menos concorrência podem se acomodar, é ruim para os profissionais de comunicação, que tem menos opções de empregos, e ruim para os campistas, que tem menos opções para se informar e formar a sua própria opinião.

Porém, no meu ponto de vista, pela população atual da cidade e pelo modelo atual do segmento de jornais, dois jornais é o número máximo que Campos pode comportar, levando-se em conta o critério que estes jornais devam ser auto-sustentáveis.

Ano após ano, passando por todas estas intempéries, segue a Folha, crescendo sempre e perpetuando o sonho de seu fundador, motivo maior de sua existência.