Hoje na Curva
Suzy 06/01/2010 15:41
Prazer Enfim, a liberdade. Uma pesquisa divulgada segunda-feira em sites brasileiros revelou o que já se imaginava à boca miúda: o famoso, temido, respeitado e incessantemente procurado Ponto G não existe. Pelo menos é o que afirma é um grupo de pesquisadores britânicos. O grupo acompanhou a vida sexual de quase duas mil britânicas, todas com irmãs gêmeas idênticas ou fraternas. Aí, chegou-se à brilhante conclusão: não há evidências biológicas de que o ponto G exista e que tudo não passa de uma invenção cultural. A notícia correu como faísca em rastro de pólvora: assim que apareceu no site de O Globo, uma amiga começou a ligar para outra: “Viu? O Ponto G é lenda. Bem que eu imaginava. Não que tivesse qualquer problema nessa área, mas sempre achei meio folclórico essa história”. Outra me telefonou, aliviada: “Finalmente. Eu sabia que isso era invenção de quem não tem o que fazer. Você não acha que isso é bom? É ótimo. Tira um peso das costas da gente. E deles”. Um minuto: para quem leu até aqui e não sabe o que é Ponto G ou não tem idade para estar lendo ou, no mínimo, concorda com os pesquisadores. Mas vamos lá: em linhas gerais o Ponto G é um local mágico, que, quando descoberto, faz a mulher percorrer a via láctea em cinco segundos. A busca por essa viagem às estrelas tem fomentado discussões por décadas. E já saiu de tudo. No início do ano passado, a moda era uma aplicação de colágeno no órgão sexual feminino. Mesmo sem ser aprovado pela Anvisa, o procedimento fez sucesso nos Estados Unidos e foi realizado algumas vezes no Brasil. Chamada de G-Shot, a aplicação é simples, feita apenas com anestesia local e não há necessidade de internações. Utilizando uma seringa de 1ml, o médico injeta um volume de colágeno que varia de 0,5ml a 1ml no ponto identificado como o mais excitante na mulher. A única recomendação médica era não ter relações sexuais nos primeiros 30 dias. Ah, ta. Uma injeção, que custava em torno de R$ 2.500, para melhorar o desempenho de algo que não poderá ser usado. É. Não poderia ir à frente mesmo. Isso sem falar em horóscopos, brinquedos, dietas, ginásticas e toda sorte de manobras para conseguir o que, geralmente, está bem longe dessa área. O prazer, físico e emocional de uma mulher, repousa na cabeça. Se ela está boa, tudo vai bem. Não é preciso fórmula mágica ou qualquer beberagem de pajé. Basta gostar. A pesquisa mostra um fundo de verdade: “As mulheres podem argumentar que, de fato, têm um ponto G, mas isto pode estar mais ligado à dieta ou à rotina de exercícios. A verdade é que é virtualmente impossível encontrar traços fisiológicos que realmente comprovem que esta zona erógena exista. Este é, sem dúvida, o maior estudo sobre o tema, e o resultado sobre a não existência do ponto G é conclusiva”, disse o geneticista Tim Spector ao jornal “Times of London”.

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    Suzy Monteiro

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