Soluções simples reduzem a violência
Christiano 13/10/2009 22:58

CABOs altos índices de violência, como os que assolam vários cantos do país, decorrem de problemas sociais gerados por desigualdade na distribuição de renda, falta de investimentos públicos em educação e esporte, baixa remuneração e qualificação nos vários níveis da segurança pública,  entre outros males que afligem os países ainda não totalmente desenvolvidos.

A reversão este quadro leva anos e talvez décadas, necessitando de melhorias substanciais nos investimentos públicos, boa arrecadação e, o mais difícil, bons políticos.

Porém, soluções simples, às vezes, geram ótimos resultados. É o caso da Colômbia, país que até bem pouco tempo tinha violência incontrolável e um estado paralelo com o comando dos cartéis, em especial os de Medellín e Cáli.

A Colômbia não é nenhuma Dinamarca em termos de segurança e ainda enfrenta o problema das Farc. Porém, sua violência diminuiu muito e os grandes centros urbanos como Bogotá e Medellín são hoje bem mais seguros que cidades brasileiras como Rio e São Paulo.

CABUma das medidas que geraram resultado foi a maior visibilidade na identificação das motos e dos seus motoristas. Todo motoqueiro lá deve usar um colete, em tinta fluorescente para visibilidade noturna, com o número da placa em tamanhos garrafais, como nestas fotos.

Além disto, o capacete também deve conter o número da placa, nos mesmos moldes. Caso o motoqueiro carregue uma mochila, ela deve conter também a identificação. O mesmo vale para baús em motos de entrega.

Esta simples medida torna a identificação das motos automática de todos à sua volta. E, quando um motoqueiro está sem identificação, é facilmente percebido por todos. Caso a moto leve um carona, ele também deve ter toda esta indumentária.

Quantos crimes são praticados no Brasil de moto? Normalmente um dirige e o outro pratica o crime, ambos resguardando o seu anonimato nos próprios capacetes, além da placa levantada em 90 graus para não serem identificados.

Claro que nem todos gostam da idéia, como a indústria de motos, os jovens, os motoqueiros que realmente utilizam o seu veículo para somente seu transporte. Porém, não se pode agradar a todos. Seria uma boa solução para o Brasil? Não sei, mas não custaria tentar.

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    Christiano Abreu Barbosa

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